'The Economist' critica tarifas de Trump e chama medida de 'Dia da Ruína'

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A revista britânica "The Economist" classificou as tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um "Dia da Ruína". A capa da edição publicada nesta quinta-feira (3) traz uma ilustração do republicano serrando um buraco no chão sob seus próprios pés, no formato do mapa dos EUA.
No editorial, a publicação afirma que Trump "cometeu o erro econômico mais profundo, prejudicial e desnecessário da era moderna". Segundo a revista, as tarifas adotadas pelo governo americano causarão "estragos econômicos", mas o restante do mundo pode minimizar os danos.

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A "The Economist" critica ainda o discurso do presidente norte-americano, chamando suas afirmações sobre a economia de "absurdas" e sua compreensão dos detalhes técnicos de "patética". Segundo a publicação, Trump glorifica um passado protecionista que, de acordo com estudos, prejudicou a economia dos EUA.
Tarifas anunciadas por Trump
Na quarta-feira (2), Trump detalhou a nova política comercial, que estabelece uma tarifa de 10% sobre todas as importações do Brasil. Além disso, as tarifas recíprocas serão ao menos metade das alíquotas que outros países impõem sobre produtos norte-americanos.
As tarifas entrarão em vigor no dia 5 de abril. Para países com maiores déficits comerciais com os EUA, tarifas mais altas serão aplicadas a partir do dia 9.
O governo brasileiro reagiu com a aprovação, em regime de urgência no Senado, de um projeto que autoriza retaliações comerciais contra países que impuserem barreiras a produtos brasileiros. O projeto recebeu apoio amplo no Congresso e no governo.
O anúncio das tarifas gerou reações nos mercados globais. As bolsas de valores nos EUA, Europa e Ásia registraram quedas. No Brasil, o índice Ibovespa chegou a subir no início do pregão, mas estabilizou ao longo do dia.
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