Eduardo Paes leva Macron à Pequena África e diz que francês 'virou carioca'
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ciceroneou o presidente da França, Emmanuel Macron, em visita na tarde desta terça-feira (19) a pontos importantes da Pequena África, região com diferentes locais de memória sobre a chegada de africanos escravizados na zona portuária do Rio de Janeiro.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito disse que Macron "já virou carioca", em alusão às aparições públicas do francês em passeio nas praias de Copacabana e Ipanema.
"Gente, eu estou aqui com o presidente Macron. O cara virou carioca, se apaixonou pelo Rio. Foi para Copacabana, correu em Ipanema", disse ele.
"Muito obrigado, nós ficamos muito felizes de estar no Rio. Foi formidável. De Copacabana a Ipanema, e agora aqui com o prefeito com seu formidável projeto. Quero dizer aos cariocas que espero que não tenhamos atrapalhado muito a vida de vocês durante esses dias da Cúpula do G20", disse o líder francês ao lado do prefeito.
Macron esteve nas ruínas do Cais do Valongo, principal porta de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. O guia de turismo Cosme Felippsen explicou a importância da região ao líder francês.
As ruínas do local, que recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em 2017, foram encontradas em escavações feitas durante obras de revitalização da zona portuária em 2011.
O presidente francês também visitou o Instituto dos Pretos Novos, entidade que pesquisa e preserva o patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro. Ele funciona no sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, como eram chamados os escravizados que morriam após a entrada dos navios na baía de Guanabara ou imediatamente depois do desembarque, antes de serem vendidos.
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