Ex-Namorada de Evo Morales é condenada a prisão por uso indevido de bens públicos
A ex-namorada do presidente boliviano, Evo Morales, Gabriela Zapata foi condenada a 10 anos de prisão por enriquecimento ilícito, um caso que afetou os planos de reeleição do governante, mas não o implicou judicialmente. O caso, porém, derrubou alguns funcionários do governo.
Um tribunal de La Paz expediu a sentença contra a ex-gerente da empresa chinesa CAMC, de 31 anos, após mais de um ano de um complicado processo. Ela também foi condenada por uso indevido de bens e serviços públicos, segundo a Procuradoria.
A empresa da ex-namorada do presidente firmou contratos com o Estado boliviano de cerca de US$ 560 milhões. O próprio governo reconheceu que ela emitiu despachos de escritórios públicos.
O procurador de La Paz, Edwin Blanco, indicou que “o crime de legitimação de ganhos ilícitos foi comprovado com base nos milionários depósitos nas contas de Gabriela e pagamentos em dinheiro feitos pela acusada para a compra de imóveis, carros e empresas, entre outras propriedades".
O Tribunal de Justiça condenou a penas menores quatro outros funcionários públicos que colaboraram com a ex-empresária.
Gabriela afirmou no ano passado que teve um filho com o presidente, em um caso que deu origem a um escândalo na Bolívia que custou a Morales a vitória em um referendo em fevereiro, no qual buscava ser validado para disputar um quarto mandato (2020-2025).
A Justiça boliviana acabou por determinar a “inexistência física comprovada” do suposto filho. Ela afirmou que a criança morreu e o caso também deverá ser julgado pela Justiça boliviana. / AFP
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