SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Exército do Sudão anunciou ter assumido o controle total da capital, Cartum, após uma ofensiva de uma semana que lhes permitiu recuperar o palácio presidencial, o aeroporto e outros pontos chave das mãos de seus rivais das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês)

Bastidores da Política - Blitzes de trânsito fora dos limites da legalidade em Manaus

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Blitzes de trânsito fora dos limites da legalidade em Manaus

O país está há quase dois anos imerso em uma guerra entre dois generais rivais, que resultou em dezenas de milhares de mortos, mais de 12 milhões de deslocados e uma grave crise humanitária, segundo a ONU.

"Nossas forças limparam com sucesso os últimos redutos dos remanescentes da milícia terrorista Daglo (RSF) na localidade de Cartum", afirmou o porta-voz do exército, Nabil Abdallah, em um comunicado na noite desta quinta-feira (27).

Na quarta-feira (26), a partir do recém-recuperado palácio presidencial, o general Abdel Fattah al-Burhan, chefe do Exército do Sudão, havia declarado a capital liberada das forças paramilitares. Burhan chegou de avião ao aeroporto de Cartum, sinalizando a retomada do terminal, então nas mãos dos paramilitares, o que representou um passo importante para a recuperação da cidade.

Nos últimos dias, testemunhas e ativistas afirmaram que os combatentes das RSF estavam fugindo de Cartum. Contudo, o grupo negou "retirada ou rendição", afirmando que houve apenas um reposicionamento das forças. "Levaremos derrotas avassaladoras ao inimigo em todos os fronts", disseram as RSF em um comunicado.

Na terça (25), centenas de civis morreram após o Exército bombardear um mercado na cidade de Tora, na região de Darfur, de acordo com uma entidade de advogados sudaneses chamada Emergency Lawyers. Um porta-voz da ONG, que pediu para não ser identificado, afirmou à AFP que, devido ao grande número de cadáveres, não foi possível realizar uma contagem nem identificar as vítimas.

O Sudão está atolado em uma guerra civil desde abril de 2023, enquanto o país tentava uma transição democrática. O Exército e as RSF foram parceiros frágeis, realizando um golpe conjunto em 2021 que interrompeu a transição do regime de Omar al-Bashir, ditador deposto em 2019.

Logo após o início da guerra, a capital caiu nas mãos das RSF, lideradas pelo general Mohamed Hamdan Daglo.

Após um ano e meio acumulando derrotas, o Exército começou, no fim de 2024, a recuperar território no centro do país em direção a Cartum.

Além de provocar uma grave crise humanitária, o conflito dividiu o país, com o Exército controlando o leste e o norte e as RSF controlando quase toda a região de Darfur (oeste) e algumas partes do sul.