SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário do comércio do governo de Donald Trump, Howard Lutnick, anunciou nesta quinta-feira (10) que o chamado "cartão ouro" (gold card) será lançado oficialmente em até uma semana e meia. A iniciativa vai permitir a compra de residência americana por US$ 5 milhões (R$ 28 milhões).

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"Estou muito animado que em uma semana e meia, vamos começar com o 'cartão ouro', que será lançado em breve", afirma Lutnick. Segundo ele, o país tem recebido boas propostas de interessados pela iniciativa.

"Estamos ganhando o respeito que merecemos", completa o secretário. O cartão, que tem a imagem de Trump e da Estátua da Liberdade, ainda não tem uma data específica para chegar ao mercado, mas pela declaração do secretário do comércio, é provável que chegue próximo à Páscoa.

O cartão funcionará como um green card, que é a permissão de residência permanente nos EUA, e substituirá o chamado visto para investidores (conhecido como EB-5), que permite morar nos EUA ao investir pelo menos US$ 1 milhão (R$ 5,8 milhões) em uma empresa que tenha ao menos dez funcionários.

Ao contrário do gold card, o EB-5 não prevê a possibilidade de aquisição da cidadania e exige que o dinheiro seja investido -não se trata de uma simples transferência direta ao Tesouro americano.

De acordo com Donald Trump, o "gold card" ajudará o país a pagar sua dívida pública e será um atrativo aos melhores trabalhadores imigrantes.

Trump ainda anunciou que o gold card será um green card mais sofisticado, dizendo que é um caminho para a cidadania para pessoas ricas e bem-sucedidas.

Além disso, quem possuir o gold card poderá, após algum tempo, tornar-se cidadão americano. Trump também disse que não pretende impor muitas restrições sobre quais nacionalidades poderiam adquirir o cartão.

De acordo com a Associated Press, cerca de 8 mil pessoas obtiveram o visto de investidor de 2021 a 2022. Trump afirmou que seu governo poderia vender até 10 milhões de gold cards para ajudar a reduzir a dívida pública dos EUA.

Embora o projeto não precise de aprovação do Congresso, a Constituição dos EUA estabelece que o Legislativo é responsável por regular as condições de cidadania.