Greta Thunberg é presa na Dinamarca durante protesto contra guerra em Gaza
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ativista ambiental Greta Thunberg foi presa novamente durante um protesto desta vez, porém, o mote da manifestação não era a mudança climática, mas a guerra entre Hamas e Israel que se desenrola há quase um ano na Faixa de Gaza.
Um porta-voz da polícia da Dinamarca disse à agência de notícias Reuters que seis manifestantes foram detidos na Universidade de Copenhague depois que cerca de 20 pessoas bloquearam a entrada de um prédio da instituição e três entraram no local.
O agente não quis informar as identidades dos detidos, mas um porta-voz dos Estudantes Contra a Ocupação, que organizavam o protesto, confirmou que Greta está no grupo. Em seu perfil no Instagram, a ativista afirmou que estava no prédio da administração da universidade quando a polícia entrou violentamente no local, em suas palavras.
"Estamos aqui porque diálogo, acampamento e manifestações, entre outros métodos, ao longo de três longos anos de campanha, não fizeram a universidade acatar as demandas, incluindo um boicote acadêmico institucional", afirmou ela na rede social.
Em seguida, Greta compartilhou um vídeo no qual é conduzida algemada a uma van da polícia. No momento da detenção, ela usava um keffiyeh, tipo de lenço tipicamente árabe usado como símbolo de apoio à causa palestina.
O boicote a universidades de Israel é uma das principais demandas dos grupos de estudantes que protestam contra o conflito que já matou mais de 40 mil palestinos em 11 meses, de acordo com autoridades de saúde do território ocupado por Tel Aviv.
"Estamos ocupando o edifício do museu na administração central com uma exigência: boicote acadêmico agora!", afirmaram os Estudantes Contra a Ocupação no Instagram. "Enquanto civis palestinos são assassinados todos os dias na invasão de Israel contra Gaza, a Universidade de Copenhague mantém sua colaboração com universidades israelenses, que apoiam ativamente a ocupação da Palestina."
Nos últimos meses, dezenas de campi em todo o mundo foram palco de protestos contra o conflito. Nos Estados Unidos, onde as manifestações chegaram a algumas das mais prestigiosas universidades do mundo, centenas de pessoas foram presas.
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