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Intenção de voto em 'planos B' entre democratas empata com Biden, mostra pesquisa

Por Folha de São Paulo

02/07/2024 16h00 — em
Mundo



WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Nomes cotados para substituir Joe Biden na chapa democrata à Presidência têm desempenho semelhante ao do mandatário contra Donald Trump, mostra uma pesquisa encomendada pela CNN divulgada nesta terça-feira (2).

O levantamento, realizado entre os dias 28 e 30 de junho, após, portanto, a desastrosa performance de Biden no debate presidencial, mostra o democrata atrás de Trump por uma diferença de 6 pontos percentuais nacionalmente (49% contra 43%). Os números são os mesmos apurados na pesquisa anterior, de abril.

A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Todos os planos B a Biden, caso o presidente ceda à pressão e abra mão da corrida, estão atrás de Trump por uma diferença igual ou inferior à observada no caso do atual presidente -mesmo não tendo a mesma projeção nacional do democrata e sem estarem em campanha.

A vice-presidente Kamala Harris é a que pontua melhor, com 45% das intenções de voto contra 47% do republicano. Se o nome na disputa for o governador da Califórnia, Gavin Newsom, o placar é 48% a 43% em favor de Trump.

No caso do secretário de Transportes, Pete Buttigieg, a diferença cai para 47% a 43%. A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, obtém 42% das intenções de voto, contra 47% de Trump.

Excluindo da comparação a vice-presidente, Newsom é o menos desconhecido do grupo (31% dizem nunca ter ouvido falar dele), mas também o com maior rejeição (31% dizem ter uma opinião desfavorável dele). Buttigieg, por sua vez, é desconhecido por 35% e rejeitado por 25%.

Praticamente metade afirmam nunca ter ouvido falar em Whitmer, o que ajuda a explicar sua taxa de rejeição pequena, de 18%.

A pesquisa também mostra uma queda na aprovação de Biden em relação ao último levantamento, de 40% para 36%.

O levantamento foi divulgado em meio a relatos na imprensa americana de que governadores democratas conversaram por telefone nesta segunda (1º), preocupados com a corrida pela Casa Branca e com o fato de não terem sido contatados por Biden desde o debate.

Temendo a repercussão negativa dentro do partido e junto à Casa Branca de criticar publicamente o presidente, os principais nomes democratas têm evitado pedir publicamente a saída de Biden da corrida.

No entanto, sintoma da crise crescente que se aplaca sobre a agremiação, nesta terça o primeiro congressista do partido disse publicamente apoiar a ideia.

"Eu represento o coração de um distrito congressional que já foi representado por Lyndon Johnson. Em circunstâncias muito diferentes, ele tomou a dolorosa decisão de se retirar. O presidente Biden deveria fazer o mesmo", disse o deputado Lloyd Doggett, do Texas, em nota divulgada pelo seu gabinete.

A declaração ocorreu após a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, um dos grandes nomes do partido, afirmar à rede MSNBC que acha ser legítimo questionar a aptidão de Biden para exercer um novo mandato -se se trata de um episódio ou de uma condição.

Ao mesmo tempo, ela ressaltou que a pergunta deve ser feita a ambos os candidatos, em disse que em todos os seus contatos com o presidente, ele "está em seu melhor", e elencou várias conquistas de seu mandato.


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