Em uma reviravolta no caso que chocou os Estados Unidos, um tribunal de Los Angeles rejeitou, nesta sexta-feira (11), o pedido do promotor público Nathan Hochman para barrar a revisão da sentença de Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de seus pais em 1989. Com a decisão, novas audiências estão marcadas para os dias 17 e 18 de abril, para determinar a nova pena dos irmãos.

A defesa dos irmãos Menendez, liderada pelo advogado Mark Geragos, comemorou a decisão, classificando-a como uma vitória da justiça sobre a política. O caso ganhou nova projeção em 2023, após o lançamento de séries e documentários na Netflix que exploraram a alegação dos irmãos de terem agido em legítima defesa, após anos de abusos sexuais, físicos e emocionais por parte dos pais.

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Novas evidências, como cartas de Erik relatando os abusos e o testemunho do ex-Menudo Roy Rosselló, que afirmou ter sido estuprado pelo pai dos Menendez, reforçaram a versão dos irmãos. A defesa também busca a clemência do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e um pedido de habeas corpus.

Apesar da decisão favorável, o promotor Nathan Hochman mantém sua posição contrária à revisão da sentença, classificando o argumento de legítima defesa como uma "ladainha de mentiras". No entanto, a decisão do tribunal abre caminho para que a pena dos irmãos Menendez seja revista, reacendendo o debate sobre o caso que marcou a história dos Estados Unidos.