Justiça determina que governo Trump traga de volta aos EUA salvadorenho deportado por engano
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um juiz federal dos Estados Unidos determinou nesta sexta-feira (4) que o governo de Donald Trump providencie o retorno de um homem salvadorenho e residente no estado de Maryland deportado por engano para a temida prisão de segurança máxima em El Salvador para onde Washington está enviando imigrantes em situação irregular.

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O homem deportado, Kilmar Abrego Garcia, 29, foi um dos deportados em voos realizados em março e bloqueados pela Justiça americana.
A decisão judicial foi emitida pouco depois de a esposa de Abrego se juntar a dezenas de apoiadores em um protesto para exigir seu retorno imediato. A família não tem contato com ele desde sua detenção por agentes do ICE, o serviço de imigração dos EUA.
"No dia 15 de março, embora o serviço de imigração e alfândega dos EUA estivesse ciente de que ele tinha proteção contra deportação para El Salvador, Abrego Garcia foi removido para El Salvador devido a um erro administrativo", disseram os advogados do governo.
Essa foi a primeira admissão formal de erro desde o início do governo Trump e de sua política mais agressiva contra imigrantes que inclui deportações aceleradas, sem ordem judicial, baseadas em uma lei de 1798 criada em contexto de guerra.
A deportação equivocada gerou indignação e levantou preocupações sobre a expulsão de imigrantes que tinham autorização para permanecer nos EUA
Ainda assim, o governo havia argumentado na terça-feira (1º) que não havia nada que os tribunais pudessem fazer, uma vez que Abrego já não estava mais sob jurisdição americana.
A Casa Branca retratou Abrego como membro da gangue MS-13, mas seus advogados afirmam que não há evidências dessa ligação. A acusação se baseia em um informante confidencial que, em 2019, afirmou que ele era membro de uma célula da gangue em Nova York cidade onde ele nunca viveu.

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