María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição na Venezuela, foi presa nesta quinta-feira (9) ao deixar uma manifestação em Caracas contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Esta foi a primeira aparição pública de Machado em cinco meses. De acordo com informações de seu partido, membros do regime de Maduro atacaram as motos que transportavam a opositora.

Machado discursou para os manifestantes na região de Chacao, onde o partido Comando ConVzla relatou que ela foi interceptada de forma violenta ao deixar o ato. Protestos ocorrem em todo o país como parte de uma mobilização para pressionar o presidente Maduro, um dia antes da posse presidencial. A líder da oposição já havia declarado em entrevistas anteriores que estava se escondendo devido a perseguições políticas.

Apesar de ser acusada de diversos crimes pelo Ministério Público da Venezuela, Machado tem o apoio de uma significativa parte da população, que vê seu trabalho como essencial para o movimento de oposição. A situação política no país se agrava, especialmente em um cenário em que o governo de Maduro enfrenta críticas constantes e alegações de fraudes eleitorais.

As tensões aumentam à medida que Edmundo González, candidato da oposição que foi impedido de concorrer às eleições de 2024, promete retornar a Caracas para tomar posse, desafiando as autoridades do regime. O governo, por sua vez, anunciou que prenderá González caso ele volte ao país, reforçando o clima de insegurança política na Venezuela.