Morre funcionário da ONU suspeito de ajudar Hamas no ataque a Israel
A Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou neste domingo (28), que um funcionário, supostamente envolvido no ataque do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, foi morto.
Segundo o secretário-geral, António Guterres, ele e outros 11 servidores da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), braço da ONU na Faixa de Gaza, estavam sendo investigados pelas acusações.
Guterres não divulgou detalhes da morte do suspeito, mas afirmou que as investigações sobre o caso continuam e que nove funcionários já foram demitidos e outros dois estão com as identidades sendo “esclarecidas”.
A acusação de que o grupo teria colaborado com os extremistas do Hamas no ataque histórico feito contra Israel abriu uma crise sem precedentes na ONU.
Desde que o caso veio à tona, muitos países suspenderam o financiamento das atividades da agência. A acusação foi feita por Israel na última sexta-feira (26) e gerou escândalo entre as nações.
Na ocasião, Mark Regev, conselheiro do governo de Israel, disse em entrevista à BBC, que pessoas que recebiam salários da UNRWA estavam envolvidos no ataque que matou mais de 1,2 mil e no sequestro de outras 250 no dia 7 de outubro de 2023 no país.
Além disso, uma refém libertada recentemente contou que foi mantida por dias em um cativeiro na casa de um servidor da UNRWA.
O conselheiro pediu que a ONU abrisse uma investigação e tomasse providências. O órgão se manifestou logo depois e afirmou:
“Qualquer funcionário envolvido nos atos de terror responderão por isso, inclusive em processos criminais. A UNRWA reitera sua condenação, nos termos mais duros, dos repugnantes ataques de 7 de outubro e pede a libertação incondicional dos reféns israelenses”.
Mesmo diante da pronta reposta, a ONU perdeu apoio e financiamento, inclusive dos EUA. Com isso, a ajuda humanitária aos palestinos vítimas da guerra, ficou comprometida e a instituição acredita que se o apoio não for retomado, o abastecimento das bases para fevereiro não suprirá a população durante todo o mês.
“Embora compreenda as suas preocupações – fiquei horrorizado com estas acusações – apelo veementemente aos governos que suspenderam as suas contribuições para, pelo menos, garantirem a continuidade das operações da UNRWA (...) As dezenas de milhares de homens e mulheres que trabalham para a UNRWA, muitos deles em algumas das situações mais perigosas para os trabalhadores humanitários, não devem ser penalizadas. As necessidades das populações que atendem devem ser atendidas”.
A Casa Branca afirma que espera o resultado das investigações para tomar uma decisão efetiva.
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