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Petro cita acordo que encerrou ditadura na Colômbia como sugestão para crise na Venezuela

Por Folha de São Paulo

15/08/2024 13h30 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, citou um acordo que colocou fim a uma ditadura no seu país como uma experiência válida para a Venezuela, mergulhada em uma crise desde as eleições presidenciais no final de julho, que reconduziram o ditador Nicolás Maduro a um terceiro mandato.

"Uma solução política para a Venezuela que leve paz e prosperidade a sua população depende de Nicolás Maduro", afirmou o político nesta quinta-feira (15), na rede social X. "A experiência da Frente Nacional colombiana é uma experiência que, usada transitoriamente, pode ajudar na solução definitiva."

O Pacto de Sitges, batizado em homenagem à cidade espanhola onde foi firmado, em 1957, nasceu de um acordo entre o liberal Alberto Lleras Camargo e o conservador Laureano Gómez para formar a Frente Nacional e derrubar a ditadura de Gustavo Rojas Pinilla, o que aconteceria naquele mesmo ano. A coalizão governou o país até 1974.

Trata-se de mais uma ideia de um governo relativamente próximo de Maduro para resolver o impasse entre o regime venezuelano e seus críticos —ambos afirmam que ganharam o pleito, mas o adversário do ditador, Edmundo González, tem o respaldo de diversas organizações independentes que verificaram as atas eleitorais da oposição.

Primeiro presidente de esquerda da Colômbia, Petro começou seu governo em 2022 com a expectativa de ter um papel na solução da crise da Venezuela —os países vizinhos estavam formalmente rompidos desde 2019, quando seu antecessor, Iván Duque, decidiu reconhecer como chefe de Estado o líder opositor Juan Guaidó.


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