O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não cumpriu o prazo legal de 72 horas para divulgar o total de votos e as atas das eleições realizadas no domingo (28). Apesar da ausência dessas informações, o CNE proclamou Nicolás Maduro como reeleito na presidência.

Segundo o Blog do Valdo Cruz, do G1, embora o prazo para a divulgação das atas seja mais longo, o CNE havia prometido que essas informações seriam disponibilizadas no mesmo período. A falta de transparência alimenta preocupações de que Maduro não cumprirá suas promessas de garantir a transparência do pleito.

Maduro, em um pronunciamento que deveria ter sido uma coletiva de imprensa, acusou a imprensa e países de direita de tentar desestabilizar a Venezuela. Enquanto isso, a pressão internacional aumenta. Brasil, Colômbia e México não conseguiram emitir um comunicado conjunto exigindo a divulgação das atas. A Colômbia pede uma auditoria internacional, enquanto o Brasil quer uma checagem imparcial.

Os Estados Unidos expressaram irritação com a demora e ameaçam tomar medidas se o CNE não provar a vitória de Maduro. Na América do Sul, há resistência a intervenções e sanções, com o Brasil sendo um dos países que teme um agravamento da crise econômica e social.