Rússia ataca cidade natal de Zelensky e mata 14 pessoas, incluindo seis crianças
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Um ataque russo com míssil matou ao menos 14 pessoas, entre elas seis crianças, nesta sexta-feira (4), na cidade de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia. O bombardeio atingiu uma área residencial e deixou mais de 50 feridos, incluindo um bebê de três meses, segundo autoridades locais. A cidade é o local de nascimento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e tem sido alvo constante de ofensivas nas últimas semanas.
Imagens divulgadas pelo Serviço de Emergência da Ucrânia mostram incêndios em prédios residenciais e bombeiros trabalhando no resgate das vítimas. Segundo relatos, os ataques não atingiram alvos militares. Vídeos compartilhados em redes sociais mostram corpos espalhados por uma calçada, alguns próximos a um parquinho infantil.
Zelensky classificou o episódio como um dos ataques mais mortais do ano e voltou a cobrar uma reação internacional contra Moscou. Em publicação no Telegram, o presidente afirmou que “cada míssil e cada drone de ataque prova que a Rússia quer apenas a guerra”. Ele também criticou a violação de um acordo recente que previa o fim dos ataques contra infraestruturas energéticas.
Na mesma publicação, Zelensky informou que tropas russas bombardearam uma usina térmica na região de Kherson nesta sexta, o que, segundo ele, descumpre o pacto firmado com apoio dos Estados Unidos. O presidente declarou ainda que "a diplomacia virou uma palavra vazia para os russos".
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem enfrentado pressão para não negociar diretamente com Vladimir Putin. De acordo com a emissora americana NBC News, conselheiros próximos recomendaram que Trump evite contato com o líder russo até que haja uma sinalização clara de cessar-fogo por parte de Moscou.
Apesar da orientação, Trump afirmou recentemente que pretende conversar com Putin e ameaçou impor novas sanções. “Se não houver acordo e a culpa for da Rússia, vamos aplicar tarifas secundárias sobre todo o petróleo russo”, disse o presidente americano. Um enviado russo esteve na Casa Branca nesta semana, mas ainda não há confirmação oficial de que Trump tenha participado do encontro.

ASSUNTOS: Mundo