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Se Trump ganhar a gente não sabe o que ele vai fazer, diz Lula

Por Folha de São Paulo

27/06/2024 18h00 — em
Mundo



RIO DE JANEIRO, RJ, E BELO HORIZONTE, RJ (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (27) que vai torcer pela vitória do atual presidente Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos, em novembro.

O primeiro debate presidencial entre Biden e seu rival, o ex-presidente Donald Trump, ocorre na noite desta quinta-feira (27) em Atlanta, na Geórgia.

Lula afirmou que não gosta de opinar nas eleições americanas, mas que é simpático a Biden.

"O Biden é a certeza de que os EUA vão continuar respeitando a democracia. O Trump já deu aquela demonstração quando ele invadiu o Capitólio. Fez lá o que se tentou fazer aqui no Brasil no 8 de janeiro. Como democrata estou torcendo para que o Biden saia vitorioso. Tenho uma relação sólida com ele e pretendo manter", afirmou Lula em entrevista à rádio Itatiaia.

O presidente afirmou o resultado das eleições americanas não devem alterar o clima político no país, mas fez críticas a Donald Trump.

"Se Trump ganhar a gente não sabe o que ele vai fazer. Sinceramente, a gente não tem noção. Ele chegou a dizer que se algum país quiser escapar do dólar como moeda de referência ele vai punir o país. Ele não é presidente do mundo. Essas pessoas que fazem muita bravata não são boas para a política".

Em fevereiro, Lula já tinha declarado sua afinidade com a candidatura democrata para as eleições americanas.

"Eu espero que o Biden ganhe as eleições. Eu espero que o povo possa votar em alguém que tenha mais afinidade. Eu tenho visto o Biden em porta de fábrica. O discurso do Biden desde o começo até agora é em defesa do mundo do trabalho", afirmou em entrevista à época.

Relembrar o eleitor da recusa de Trump de aceitar sua derrota e da invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 são prioridades de Biden para o debate desta quinta. O presidente deve ressaltar frases radicais recentes do candidato republicano, como de que não seria um ditador "exceto pelo dia 1" de um novo mandato, que podem ter passado fora do radar da maioria desatenta ao pleito até agora.

Para ambas as campanhas, a preocupação são os fantasmas que assombram os candidatos: o de que o democrata é velho demais e o de que o republicano é desequilibrado demais para o cargo.

É a primeira vez que os dois se encontram desde o pleito de 2020. O local escolhido é simbólico: Trump venceu na Geórgia há oito anos; Biden, há quatro -resultado que levou o empresário a tentar reverter sua derrota e motivou um processo criminal em andamento na Justiça estadual.


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