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Trump critica Biden e diz que buscará pena de morte para estupradores e assassinos

Por Folha de São Paulo

24/12/2024 15h45 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (24) que irá direcionar seu Departamento de Justiça a "buscar vigorosamente" a pena de morte para proteger os americanos de "estupradores violentos, assassinos e monstros" quando assumir o poder em 20 de janeiro.

A declaração de Trump em sua plataforma de mídia social Truth Social foi uma resposta ao anúncio do presidente Joe Biden na segunda-feira (23) de que ele havia atenuado as sentenças de 37 dos 40 presos federais no corredor da morte, convertendo-as em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

"Assim que eu for empossado, direcionarei o Departamento de Justiça a buscar vigorosamente a pena de morte para proteger as famílias e crianças americanas de estupradores violentos, assassinos e monstros", disse Trump na rede Truth Social.

"Joe Biden acaba de comutar as sentenças de morte de 37 dos piores assassinos de nosso país. Quando observarem as ações de cada um, não acreditarão que ele fez isso. Não faz o menor sentido. As famílias e os amigos [das vítimas] estão ainda mais devastados. Eles não conseguem acreditar que isso esteja acontecendo!", escreveu.

Entre os beneficiados estão nove pessoas condenadas por assassinato de colegas de prisão, quatro por homicídios cometidos durante assaltos a bancos e outro que matou um agente penitenciário.

Trump reiniciou as execuções federais durante seu primeiro mandato no cargo de 2017 a 2021, após uma pausa de quase 20 anos.

Biden, que concorreu à presidência se opondo à pena de morte, suspendeu as execuções federais quando assumiu o cargo em janeiro de 2021.

O democrata havia imposto uma moratória sobre a pena de morte federal, mas estava sob pressão para tomar outras medidas antes de deixar a Casa Branca em 20 de janeiro, em meio a anúncios feitos pelo republicano de que retomaria a prática.

Biden disse condenar os assassinatos e lamentar pelas vítimas, mas se disse guiado por sua consciência e experiência ao se opor ao uso da pena de morte em nível federal.

Os três condenados que não foram beneficiados pelo perdão presidencial foram Djokhar Tsarnaev, um dos autores do ataque à Maratona de Boston em 2013; Dylann Roof, um supremacista branco que matou nove pessoas negras em uma igreja de Charleston em 2015; e Robert Bowers, condenado por matar 11 pessoas em uma sinagoga de Pittsburgh em 2018.

Ao contrário das ordens executivas, as decisões de clemência não podem ser revertidas pelo sucessor de um presidente, embora a pena de morte possa ser buscada de forma mais agressiva em casos futuros.

A equipe de transição de Trump denunciou a decisão de Biden na segunda-feira, chamando-a de abominável e favorecendo condenados que estão "entre os piores assassinos do mundo."


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