O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta quarta-feira (2) um novo pacote de tarifas recíprocas sobre produtos importados. O conjunto de medidas, apelidado de "Dia da Libertação" pelo republicano, pretende taxar países que impõem barreiras comerciais aos EUA. No entanto, o impacto da decisão tem gerado preocupação no mercado internacional.

Desde fevereiro, Trump sinaliza que adotaria uma política mais rígida contra importações, mas ainda não detalhou quais serão as alíquotas e os critérios para aplicação das tarifas. Na última semana, ele indicou que todos os países podem ser afetados, embora negociações individuais possam amenizar os efeitos das novas taxas.

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Os BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estão entre os principais alvos da política protecionista. Trump já ameaçou impor uma tarifa mínima de 100% sobre produtos desses países, principalmente após o grupo demonstrar interesse em reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais.

Além das preocupações com a guerra comercial, economistas alertam que o tarifaço pode gerar um aumento da inflação nos EUA, pressionando os preços internos e elevando os riscos de uma recessão. O setor produtivo também demonstra apreensão com possíveis retaliações de parceiros comerciais estratégicos, como União Europeia e China.