Trump vincula trégua em Gaza a sua eleição e fala em promover 'paz pela força'
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assume o cargo na próxima segunda-feira (20), vinculou nesta quarta-feira (15) o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Hamas e Israel com sua vitória eleitoral, ocorrida em novembro.
Trump chamou o acordo de épico, mencionou eventual expansão dos Acordos de Abraão, e disse que os EUA irão "continuar promovendo a paz através da força".
"Este acordo de cessar-fogo épico só poderia ter acontecido como resultado da nossa histórica vitória em novembro, porque alertou ao mundo todo que minha administração vai buscar a paz e negociar acordos para garantir a segurança de todos os americanos e nossos aliados. Estou empolgado com o retorno de reféns americanos e israelenses para suas casas", escreveu o republicano em sua rede social, a Truth Social.
O acordo aprovado pelas duas partes do conflito na Faixa de Gaza foi mediado pelos EUA, ainda sob o governo de Joe Biden, pelo Qatar e pelo Egito. Detalhes do pacto, que foi adiantado por negociadores e agências de notícia antes de ser formalmente divulgado, ainda serão detalhados pelo premiê e chanceler do Qatar, Mohammed al-Thani.
"Com este acordo, meu time de segurança nacional, pelos esforços do enviado especial ao Oriente Médio, Steve Witkoff, vai continuar a trabalhar de perto com Israel e nossos aliados para assegurar que Gaza nunca mais se torne um porto seguro para terroristas", escreveu Trump.
"Continuaremos a promover a paz através da força na região, enquanto aproveitamos o momento do cessar-fogo para expandir os históricos Acordos de Abraão. Este é apenas o começo de grandes coisas que virão para os EUA e para o mundo. Alcançamos muito mesmo não estando na Casa Branca", publicou o presidente eleito americano.
Os Acordos de Abraão foram pactos firmados com mediação de Washington sob Trump, em 2020, que normalizou as relações entre alguns países árabes e Israel. Na ocasião, Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram o texto, juntando-se a Egito e Jordânia como nações árabes a reconhecer Israel como Estado. A Arábia Saudita estava em processo de negociação quando o conflito em Gaza estourou.
O chanceler da Turquia, Hakan Fidan, afirmou a jornalistas em Ancara que o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas é um passo importante para a estabilidade da região. Ele ressaltou que a Turquia continuará com esforços pela solução de dois Estados na região, com a implementação de um Estado palestino.
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