Venezuela libera quase mil detidos dos protestos contra reeleição de Maduro
O Ministério Público da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (23) a libertação de 956 pessoas que estavam presas devido aos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, ocorridos em julho. As libertações aconteceram antes do Natal e fazem parte de uma revisão judicial iniciada no mês passado.
Ao todo, mais de 2,4 mil pessoas foram detidas após as manifestações contra o terceiro mandato de Maduro, que a oposição, liderada por María Corina Machado, contestou. A maioria dos detidos foi acusada de terrorismo e incitação ao ódio, com alguns sendo presos sem ordem judicial e relatando maus-tratos, torturas e até mortes sob custódia.
A organização não governamental Foro Penal, que defende presos políticos, registrou cerca de 330 detidos, incluindo 164 adolescentes. Desde novembro, foram realizadas mais de 300 libertações, somando-se a 956 até agora. Muitos dos libertados, conforme o MP, receberam medidas cautelares. As autoridades não especificaram o número de adolescentes entre os libertados.
Os protestos, que ocorreram após a eleição de Maduro, também resultaram em 28 mortos e quase 200 feridos. Familiares e ONGs denunciaram as condições de detenção e a violência policial durante os confrontos.
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