O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta terça-feira (8) que as forças ucranianas capturaram dois cidadãos chineses que estavam lutando ao lado da Rússia na região de Donetsk, no leste do país. Segundo Zelensky, os homens tinham documentos que confirmavam suas identidades, e há indícios de que outros cidadãos chineses possam estar envolvidos no conflito. O líder ucraniano afirmou que o episódio ameaça os esforços de paz na guerra, que já dura três anos.

Pequim, aliada de Moscou, não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento. Zelensky destacou que ordenou às autoridades ucranianas que buscassem esclarecimentos do governo chinês. Ele também afirmou que o envolvimento de cidadãos chineses, mesmo que indireto, é um sinal de que o presidente russo, Vladimir Putin, não tem intenção de encerrar o conflito. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou o encarregado de negócios chinês em Kiev para exigir explicações.

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A China, que declarou uma parceria estratégica "sem limites" com a Rússia antes da invasão, tem evitado fornecer apoio militar direto a Moscou, mas o caso levanta dúvidas sobre sua neutralidade no conflito. Zelensky apelou para uma resposta internacional, destacando que o envolvimento de outros países na guerra reforça a necessidade de ações coordenadas para pressionar a Rússia e buscar uma solução pacífica.