Naldo comemora 15 anos de carreira e relembra passado como engraxate
Capa do livro de Naldo Benny. Foto: Divulgação
Hoje em dia, Naldo Benny está bem de vida. Mas antes de ficar famoso, o cantor viveu uma trajetória pobre.
O funkeiro vai comemorar seus 15 anos de carreira em grande estilo, com o show "Naldo Sem Limites", no dia 15 em uma casa de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e o lançamento da sua autobiografia "Cada vez eu quero mais".
No livro, que será lançado entre os dias 24 de agosto e no dia 2 de setembro e teve contracapa escrita por Zeca Camargo, ele conta como iniciou sua vida, nascendo comunidade Nova Holanda, no complexo de favelas da Maré, no Bonsucesso, subúrbio do Rio de Janeiro.
Filho de um soldador elétrico e uma dona de casa evangélica, ele mudou-se para outra comunidade, a Via do Pinheiro, e batalhou para sobreviver. O cantor conta que trabalhou como engraxate no centro carioca quando era ciança, e posteriormente como técnico em refrigeração em casa de madames e também como cortador de carne em um frigorífico.
Como trabalhou ainda criança, como engraxate, ele viu os riscos da vida ao brigar com o filho de um traficante do morro da Providência "Ele era um líder de quem todo mundo tinha medo, e um belo dia decretou que eu teria que fazer como ele e diversos outros, que roubavam parte do que recebiam pelo serviço. (...) Ou eu entregava menos ou ele me pegava de porrada. Metido, respondi que ele podia me pegar, mas teria que enfrentar também meu pai e minhas irmãs. (...) Meti três socos na cara do moleque. Sangue no chão, muitos chutes, e de repente eu era o novo líder dos engraxates", narra.
Naldo também relata a morte do seu irmão Lula, que cantava junto com ele no começo de uma carreira promissória, fazendo aberturas para os shows de Claudinho e Bochecha. Ele teve que reconhecer o corpo carbonizado do irmão no Instituto Médico Legal, após o rapaz ter desaparecido por alguns dias.
No dia em que Claudinho, da dupla com Bochecha, morreu em um acidente de carro, Naldo afirma que quase pegava carona "(...) Eu ia voltar no carro em que o Claudinho sofreu o acidente fatal. Cheguei a levantar o banco para entrar, mas ele me disse para voltar na mesma vam, ele ia ficar numa boa.(...) Nosso ônibus parou para um lanche, e a última vez que vi o carro dele passando foi na serra das Araras, na Dutra, enquqnato comíamos bananas numa barraca. Alguns quilômetros depois estávamos conversando quando vimos o Golf destruído junto a uma árvore, foi horrível", explica.
Mas em relação a uma das suas maiores polêmicas, o casamento com a sua primeira esposa Branka Silva, a suposta traição com Mulher Moranguinho (Ellen Cardoso, sua atual esposa), da qual a sua ex-mulher o acusa, e uma possível relação conturbada com o filho Pablo, não são mencionados no livro.
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