Bebê cardiopata que teve cirurgia adiada morre em hospital de Manaus
Manaus/AM - O bebê de apenas três meses, Ícaro Davi de Castro Ferreira, que teve a cirurgia adiada no Hospital Francisca Mendes porque uma das máquinas de anestesia estava danificada, teve a morte confirmada. O falecimento ocorreu após a criança passar por uma operação de seis horas iniciada na última quarta-feira (18).
A Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) informou que a morte aconteceu logo no fim do procedimento cirúrgico, devido a um quadro de hipertensão pulmonar que levou a um colapso.
Ícaro sofria de insuficiência cardíaca por uma cardiopatia congênita considerada grave. Uma cirurgia seria realizada na última segunda-feira (16), tanto que ele chegou a ser anestesiado completamente, mas o procedimento foi adiado devido a uma máquina de anestesia estar danificada.
Segundo a equipe que acompanhava o quadro clínico do bebê, o adiamento da cirurgia na teve impacto em sua morte. Ícaro era uma das 200 crianças cardiopatas que aguardam na fila de cirurgia do Hospital Francisca Mendes. Com a confirmação de mais este óbito, o número de crianças que morreram na fila de espera por uma cirurgia chega a 30 neste ano.
Nota da Susam
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) esclarece que o paciente I.D.C.F, de 03 meses, recebeu todos os cuidados necessários no Hospital Francisca Mendes, onde veio a falecer na tarde dessa quarta-feira (18/12/2019), durante procedimento cirúrgico de quase seis horas de duração.
A cirurgia iniciou por volta de 9h da manhã, encerrando às 15h22. A criança nasceu no dia 01/09/2019, em Autazes, e veio para a unidade para consulta ambulatorial, sendo internada em 05/11/2019 para acompanhamento clínico e correção cirúrgica definitiva.
Conforme parecer médico, evoluiu com dificuldade no ganho ponderal (perda de peso), devido insuficiência cardíaca causada por cardiopatia congênita complexa grave, tipo defeito de septo atrioventricular forma total. Teve diagnóstico confirmado de síndrome de Down e, devido ao baixo peso (2,7kg), foi preparado com ganho ponderal satisfatório para correção do defeito cardíaco.
Pela complexidade do defeito cardíaco, evoluiu com perda da função e colapso pulmonar, durante a cirurgia, não suportando o procedimento cirúrgico. A Secretaria de Estado de Saúde está prestando toda a assistência psicossocial à família
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