Com a proposta de aprimorar técnicas e conhecimentos de profissionais e alunos da área de saúde para capacitá-los a cuidarem melhor da população diabética do País, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) realizam pela primeira vez em Manaus o "Step by Step - workshop para Pé Diabético". O evento acontecerá no sábado (10), a partir das 7h30, na Escola Superior de Ciências da Saúde da UEA (ESA), localizada na Av. Carvalho Leal, nº. 1777, Cachoeirinha.

O evento contará com palestras, oficinas, aplicações de questionários e discussões sobre os impactos epidemiológicos da neuropatia e pé diabético; Compreensão dos mecanismos de ulceração; Diagnósticos e gravidades; Polineuropatia diabética; Cuidados podoprofiláticos; Anatomia dos pés, Doença arterial periférica, dentre outros assuntos que possam colaborar para o tratamento dos pacientes e para a conscientização dos profissionais sobre a importância da qualificação. O workshop será ministrado por professores da UEA e pela presidente da SBD, Hermelinda Pedrosa.

Para o reitor da UEA, Cleinaldo Costa, o evento constitui-se numa grande oportunidade para os profissionais e, também, para a sociedade amazonense no sentido de ter acesso a informações que irão ajudá-los a lidar e tratar dos problemas relacionados ao pé diabético, o que, na avaliação de Cleinaldo Costa, consiste em um problema de saúde pública. Conforme o reitor, o objetivo do curso além de qualificar a classe, é umas das alternativas vistas para diminuir o número de amputações procedentes das complicações da diabetes.

No Amazonas existem 280 mil diabéticos

Ainda de acordo com o reitor da UEA, cerca de 7% da população brasileira é portadora da doença, ou seja, 16 milhões de pessoas. No Amazonas, o número estimado é de 280 mil pessoas sendo que, deste total, 57% dos doentes que chegam aos hospitais com lesões nos pés são submetidos a amputações. O reitor revela ainda que esse número não varia há mais de 10 anos e que é necessária uma intervenção neste cenário.

"Lesões repetidas nos pés podem causar outras lesões, ainda maiores, e que podem levar o paciente a amputações. Infelizmente, os números de pacientes amputados não diminui", alerta Costa.