Em Manaus, Ufam estuda óleo essencial como remédio contra pressão alta
Manaus/AM - A pressão arterial alta pode ter um remédio obtido a partir do óleo essencial do gengibre amargo, planta de origem asiática, mas adaptada à região Norte. Os estudos estão sendo feitos com animais de laboratórios e têm o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Entre as possibilidades do anti-hipertensivo está a capacidade de reverter os danos causados pela hipertensão em órgãos alvos da doença, como o coração, os vasos sanguíneos e os rins, conforme o estudo em andamento.
Gengibre amargo
De acordo com o coordenador do projeto, José Wilson do Nascimento Corrêa, as doses testadas revelaram que o óleo essencial obtido dos rizomas (raízes) do gengibre amargo apresentaram efeito anti-hipertensor, com significativa redução da pressão arterial de ratos hipertensos (pressão arterial elevada), sem modificar a pressão arterial de ratos normotensos (pressão arterial normal), logo nos três primeiros dias de tratamento. Os estudos foram capazes de isolar o composto majoritário presente no óleo e, a partir daí, explicar como o efeito de redução da pressão arterial acontece.
O projeto Avaliação da atividade biológica de Zingiber Zerumbet (L.) Smith sobre o sistema cardiovascular e renal em ratos normotensos e hipertensos foi desenvolvido no Laboratório de Farmacologia Experimental do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e, amparado pelo Programa Universal Amazonas, Edital nº 030/2013.
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