Ex-deputado do Amazonas, Lino Chíxaro considera injusta condenação na Maus Caminhos
Manaus/AM - O ex-deputado estadual do Amazonas, o advogado Lino Chíxaro, considerou injusta a condenação de prisão em regime semiaberto por quatro anos pela obstrução das investigações da quarta fase da operação Maus Caminhos, a ‘Cashback’. Por meio de nota, a defesa de Chíxaro informou que respeita a decisão da juíza Ana Paula Serizawa, pois foi permitido o direito a defesa, mas não concordou com a condenação baseado em "suposições".
Segundo a defesa de Lino Chíxaro, a Justiça não obteve nenhuma prova, seja por meio de documentos, investigação de testemunhas e interrogatórios, de que ele tenha obstruído as investigações da Maus Caminhos para fraudar ou destruir provas. Para a defesa, o que há é uma “suposição” de que o celular de Lino, que não foi apreendido, possuiria conteúdo de interesse da investigação.
Para a defesa do acusado, a investigação não pode concluir que Lino Chíxaro se desfez de possíveis provas da operação Maus Caminhos por realizar trocas do aparelho celulares nos últimos anos. Na nota, os advogados também defendem que nada foi encontrado quando houve a quebra do sigilo das comunicações do ex-deputado.
"Há que ser ressaltado que, dentro do estado democrático de direito que vivemos, o fato de trocar de aparelho celular não configura qualquer tipo de crime, bem assim, agir de forma a preservar sua privacidade. A mera suposição de que determinado aparelho celular poderia conter informações relevantes para uma investigação criminal não pode ser utilizado como fundamento de um juízo condenatório”, cita a nota, que encerra dizendo que Lino Chíxaro vai recorrer da condenação.
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