Fechamento do comércio é discutido em Manaus com risco de 50 mil demissões
Manaus/AM - Empresários do setor de comércio, serviços, dos shoppings e da indústria se reuniram com o governador Wilson Lima nesta semana. A reunião discutiu os impactos de um possível fechamento do comércio em Manaus em medida de combate ao novo coronavírus. O risco é que a medida resulte na demissão de até 50 mil trabalhadores do comércio no período de fechamento absoluto durante os meses de abril, maio e junho, de acordo com o presidente da Câmara Dirigente dos Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag.
Existe a expectativa de que um decreto seja publicado pelo governador determinando o fechamento de bares, restaurantes, lanchonetes, shoppings e afins, sendo mantidos abertos apenas estabelecimentos essenciais como supermercados, farmácias e drogarias. Mas antes, o governo deve definir alternativas para reduzir o impacto econômico com objetivo de manutenção dos empregos.
Wilson garantiu aos empresários, durante a reunião, que todas as medidas no comércio serão tomadas em comum acordo. Uma das soluções discutidas foi que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja financiado pela Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), para que os empresários paguem depois esses valores em parcelas a serem definidas posteriormente, com risco de multas para quem descumprir o acordo.
Outras propostas constam na redução em 0% do ICMS de produtos para o combate do coronavírus como álcool em gel, máscaras, luvas, água sanitária, detergentes, vitaminas, por exemplo, e reduzir o ICMS do etanol para empresas que transportam seus funcionários e que realizam delivery, item que também pode ser usado para limpeza pesada com a falta de álcool em gel.
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