Idoso deixa de procurar geriatra por não se reconhecer como velho
Manaus/AM - Com lembranças de um passado recente, como quando diz que em 2014 apenas uma especialista em geriatria trabalhava em Manaus, a convidada do programa Hora do H, Karoline Rodrigues, fala sobre problemas do envelhecimento em entrevista ao jornalista Humberto Amorim, nesta quarta-feira, dia 29.
Embora a população brasileira tenha expectativa de vida superior a 76 anos, em Manaus só há cinco geriatras para atender essa faixa etária, que se expande em decorrência da melhor qualidade de vida no País.
Entre os problemas descritos pela especialista, que vêm desde a ausência de formação na especialidade no Amazonas, passando pela falta de interesse do idoso em procurar o geriatra. Karoline afirma que o idoso tem preconceito com a própria idade, não assume a idade que tem. A visão é de que a pessoa não se vê como velha e acredita que o geriatra é indicado para quem está com problemas de saúde muito sérios, anda devagar, entre outras características.
A geriatra explica o baixo número de especialista por essa falta de interesse da população em se reconhecer idosa. Quanto à questão profissional, Karoline diz que em Manaus há uma demanda reprimida, assim como também existe, do ponto de vista do exercício da geriatria, uma boa expectativa de retorno financeiro para o especialista.
Pelo lado dos mais velhos, aqueles que buscam orientação e atendimento geriátrico ganham sobrevida no que diz respeito a não perder sua independência física de forma precoce.
A doutora Karoline Rodrigues é titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e professora mestra titular da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e abordou o tema "Envelhecimento com Saúde”.
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