Médicos paralisam serviços ambulatoriais e denunciam risco de mortes no Amazonas
Manaus/AM - Os servidores da saúde no Amazonas aderiram a greve geral de dois dias iniciada nesta quinta-feira (8) no Estado, contra a Lei sancionado pelo governador Wilson Lima que congela os salários do funcionalismo público por dois anos. Segundo a presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Patrícia Sicchar, a paralisação é de 100% dos serviços ambulatoriais e manutenção de apenas 30% dos atendimentos de urgência e emergência.
A presidente do Simeam está representando os médicos durante manifestação realizada nesta quinta-feira em frente a sede do governo, na Compensa, zona Oeste de Manaus. Ela explicou que o ato da greve geral é para manter os direitos dos servidores referente a progressão de seus vencimentos.
"A luta do servidor é porque ele vai ter até 2021 uma perda real de mais de 30% dos seus vencimentos. Então a gente está num ato legal, pedindo a revogação dessa lei que tira todos os nossos direitos de progressão, de reajustes, de negociação da nossa data-base, algo que é direito de todo servidor”, justificou Patrícia Sicchar.
Segundo Sicchar, o Simeam também está lutando pelos terceirizados da saúde que estão com quatro, cinco meses de salários atrasados. "Também aqui falo dos servidores terceirizados, que estão com meses de atrasos, não são só os médicos, mas também técnicos e enfermeiros. Nós temos uma situação muito grave nos pronto-socorros, onde devido a intransigência do governo, estamos sem médicos vasculares e atendimento nos SPAs sem cirurgiões. Criminoso perante a população, que pode resultar em mortes de imediato”, explicou a presidente do Simeam.
Referente a informação sobre os cirurgiões nos hospitais, a presidente do Simeam disse que atualmente empresas terceirizas são responsáveis pelas cirurgias, por isso, esses atendimentos estão mantidos. Só estão paralisados serviços prestados por servidores públicos.
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