Morte no Porão do Alemão: Local do crime foi lavado antes da chegada da perícia
Manaus/AM - Acontece nesta quarta-feira (27), o primeiro dia de julgamento de Gustavo Sotero, acusado de matar o advogado Wilson Justo em novembro de 2017 na casa de shows Porão do Alemão, localizada na zona Oeste de Manaus.
Após o depoimento da viúva de Wilson Justo e de outras duas testemunhas que foram baleadas no dia do crime, foi a vez da policial que atendeu a ocorrência depor. Segundo ela, a equipe estava no São Jorge quando recebeu a ocorrência de tiros na casa de show: “Quando chegamos no local, eu desci pela rampa que dá acesso ao estacionamento e me deparei com uma vítima pedindo socorro. Foi aí que pedi ajuda do 192. Depois disse eu avistei o réu subindo com o segurança e fui até ele, eu pedi a arma dele. Ele me deu e disse que era delegado. Eu entreguei a arma ao superior e levei o mesmo até a delegacia. Não cheguei a entrar no recinto do crime."
Após ser perguntada sobre o procedimento que usou após pegar a arma, ela disse: "Olhei pra arma e coloquei a mesma no coldre. A arma estava aberta, isso é indicativo de PANE, que é quando a munição não entra no cano da arma. Após ser detido, ele teria dito que era delegado, não reagiu a prisão e pediu para ser levado ao 19o dip. “Ele que atirou pra se defender, pois teria levado um soco no rosto.”, concluiu a policial.
O proprietário do Porão do Alemão, William Lauchner, também prestou depoimento. Ele foi questionado sobre ter conhecimento do acidente que Gustavo Sotero se envolveu em 2014, após ter ingerido bebida alcoólica na casa de shows. William confirmou que tinha conhecimento e disse que também foi logo informado sobre o crime ocorrido em 2017, ele teria sido avisada por uma funcionária.
Ao ser questionado sobre Sotero ter entrado com arma no local, o dono da casa de shows informou que antes do crime, ele teria recebido uma portaria da Delegacia Geral, que proíbe funcionários de entregar a arma para terceiros, mas ainda assim William disse que teria perguntado a Sotero se ele queria deixar a arma guardada, mas que ele teria se negado a deixar o objeto.
William contou ainda que ainda no dia do crime, perguntou ao delegado que atendeu a ocorrência Jose poderia limpar o local e o mesmo o autorizou. No dia seguinte, a perícia foi até o local, mas nada foi feito, pois o ambiente já estava lavado.
O Julgamento de Gustavo Sotero deve seguir até a próxima sexta-feira (29).
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