PGR quer inquérito para investigar origem e autoria de queimadas na Amazônia
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou na segunda-feira (26) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a instauração de um inquérito para investigar a origem e a autoria dos incêndios que vêm atingindo a Amazônia nos últimos dias. O documento foi enviado ao MJ após reunião emergencial para tratar sobre as queimadas na região com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram a Força-Tarefa Amazônia, e representantes dos Ministérios Públicos dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
Segundo a PGR, há suspeitas de que os focos de incêndio tenham sido criminosos, por meio de ações orquestradas. Também foi anunciada a formação de uma frente do Ministério Público brasileiro em defesa da Floresta Amazônica. “O que queremos é sincronizar a atuação do Ministério Público brasileiro para que as queimadas e os incêndios cessem, e para que os infratores, aqueles que estão cometendo o gravíssimo crime de pôr fogo na floresta, sejam identificados e punidos”, afirmou a procuradora-geral, ao fim do encontro.
Dodge determinou ainda que Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), órgão vinculado à Procuradoria-Geral da República (PGR), adote medidas prioritárias para identificar provas que possam levar à identificação dos criminosos. “O foco de queimadas é grande e aconteceu em vários municípios de vários estados, e nós estamos adotando o conceito de Amazônia Legal, um território que é delimitado por lei e que exige esta proteção das autoridades constituídas no Brasil”, completou.
Fazer frente a ação criminosa
A procuradora-geral de Justiça do Amazonas, Leda Albuquerque, salientou a importância dessa ação coordenada para proteger a Floresta Amazônica: “Vamos fazer frente a essa ação criminosa que hoje vem devastando nossa floresta e causando danos seríssimos às populações tradicionais, aos povos indígenas e às comunidades urbanas e rurais, sobretudo, no Amazonas. Nós sentimos diariamente os efeitos das queimadas e da devastação da Floresta Amazônica”. Ela disse que é importante que as ações se deem de forma ordenada para que os resultados sejam mais céleres e resolutivos.
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