Prefeitura oferta curso de libras para servidores da educação
Para facilitar a comunicação entre o professor e aluno com problema de audição, a Prefeitura de Manaus oferta cursos da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os servidores da Secretaria Municipal de Educação (Semed). A aula inaugural foi realizada na noite desta terça-feira, 3/3, no auditório da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), localizada no conjunto Vila Amazonas, zona Centro-Sul. A capacitação é uma parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
A chefe da DDPM, Rita Luna, destacou que os cursos fazem parte das ações do Programa Ampliando Horizontes (PAH). “O curso de libras é importante porque faz parte de um processo de inclusão, porque possibilita que os professores tenham melhores condições para trabalhar e desenvolver atividades com alunos surdos nas escolas do município”, afirmou.
A capacitação também vem ao encontro da Lei nº 2.524, de outubro de 2019, que dispõe sobre a criação de Políticas de Qualificação do Servidor Público Municipal para treinamento e habilitação em língua de sinais, segundo a coordenadora do PAH, Suellen Barros, que destacou ainda que o curso vai ocorrer até 2021.
“Teremos duas turmas, sendo uma com aulas às terças e quartas e outra às quintas e sextas, ambas das 18h às 20h45. O curso terá duração de dois anos e será dividido em quatro semestres. No primeiro semestre, os alunos sairão com nível básico, no segundo com o nível intermediário, no terceiro com nível avançado e quarto e último terá a conversação", destacou.
Ao longo do curso será repassado aos alunos a história da educação do surdo, os períodos que foram vividos pela comunidade surda até a discussão da educação bilíngue, ou seja, da língua portuguesa e libras ao mesmo tempo. Além disso, os alunos aprenderão o vocabulário e o alfabeto, assim como também as formas de saber em libras, por exemplo, o calendário e meses do ano.
A professora da escola Padre Mauro Fancello, Marlene dos Santos Medeiros, foi umas servidoras que buscaram a capacitação. Segundo a educadora, o que a motivou a procurar o curso foi o fato de que o professor está sempre propício a novas demandas e públicos diferentes em sala de aula.
“Em uma sala trabalhamos com diversos públicos, ou seja, há sempre a necessidade de buscar novos conhecimentos para atender melhor o aluno que chega até nós. Por isso, entrei no curso, para buscar aperfeiçoamento para poder trabalhar melhor com os alunos surdos”, disse.
O curso também foi aberto para outros profissionais da área de educação. O assessor pedagógico da Divisão Distrital Zonal (DDZ) Oeste, por exemplo, também se interessou pela formação apesar de não trabalhar diretamente com alunos, mas sim, com a orientação e assessoramento de professores. Para o profissional, há boas expectativas quanto ao curso.
“Estou muito otimista sobre o curso, e a minha pretensão é ser um multiplicador de conhecimento onde estou, adquirir mais conhecimento e ajudar no trabalho de inclusão na rede municipal de ensino", destacou.
Ao final do curso todos os alunos finalistas receberão certificados expedidos em conjunto pela Semed e UEA.
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