Roberto Tadros toma posse como presidente da Confederação Nacional do Comércio
Manaus/AM - Na manhã desta segunda-feira, 19, o amazonense José Roberto Tadros tomou posse como novo presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em setembro, Tadros venceu as eleições à presidência da instituição por ampla maioria (24 a 4).
O mandato é válido para o quadriênio 2018 a 2022. A CNC lidera um dos principais setores da economia do país, que já representa 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gera aproximadamente 25,5 milhões de empregos diretos e formais. A Confederação é a representante máxima dos cerca de 5 milhões de empresas do comércio de bens, serviços e turismo.
Tadros foi conduzido em reconhecimento ao seu perfil aberto ao dialogo, capaz de conduzir a transição baseada na busca da unidade e da coesão de seus pares que visam uma CNC independente, íntegra e apartidária. Entre as suas propostas de gestão, o dirigente tem como meta reforçar a área de inteligência em economia da CNC, atrair especialistas de renome nacional e internacional e atuar de forma mais incisiva nos caminhos para o crescimento do país.
Um dos projetos do novo presidente é atuar em consenso com os presidentes das federações para reforçar a representatividade estadual. A CNC fará uma agenda de reuniões itinerantes para auscultar a sua base e democratizar ainda mais suas decisões. Na gestão Tadros, a CNC estará unida às demais Confederações (Agricultura e Indústria) para que, em conjunto, ajam na defesa dos interesses dos brasileiros e do fortalecimento da economia e do emprego.
Abaixo, entrevista com o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
- Como se sente tendo essa distinta oportunidade?
É uma honra, pois já fui vice e presidente de sindicato de 1967 a 2018, presidente da Federação do Comércio do AM desde 1986 e do Sebrae AM em seis ocasiões. Agora, chego ao ápice do Sistema Comércio. Presido com a ajuda de Deus e dos meus companheiros a Confederação Nacional do Comércio, o Sesc e o Senac nacionais. Vamos traçar uma política em nível nacional para essas instituições.
- Um dos principais pontos de sua proposta é trazer inovação à entidade. Como cumprir esse tópico em meio a tanta burocracia em nosso país?
O objetivo é esse, se deixarem. Este país é extremamente complicado, altamente regulamentado e regulado com um Estado cartorial. Vamos tentar trazer ferramentas importantes que facilitem a gestão e acima de tudo a defesa dos interesses da atividade terciária (comércio e serviços).
- A Amazônia ganha reforço quanto a missão de desenvolvimento da região?
Na verdade, todos ganham reforço, pois agora o universo da minha base territorial é o Brasil. Obviamente, conheço mais a realidade da Amazônia, as suas dificuldades e idiossincrasias. Ao longo do tempo, o presidente Antônio Oliveira Santos me prestigiou com muitas obras e investimentos no estado do Amazonas e na minha opinião, devemos dar continuidade ao que já me era dado sem que eu fosse presidente da CNC, mas enfatizo que o meu anglo de visão é todo o país.
- O atual presidente ainda participará de sua gestão?
Antônio Oliveira Santos será o presidente de honra da casa e do conselho superior. Ele é meu amigo há 32 anos, sempre será meu conselheiro e o quero perto de mim. Quando surgirem as dúvidas, não hesitarei em procurá-lo para trocar ideias em relação à continuidade do crescimento das instituições. Ele sempre será uma peça indispensável na minha gestão. Qualquer presidente inteligente não abdicaria da competência e inteligência dele.
José Roberto Tadros
Nascido em Manaus/AM, Tadros é formado em Direito pela Universidade do Amazonas e atua como empresário do setor terciário desde 1974. Além das suas atividades comerciais e sindicais, ele é autor e coautor de diversos livros e membro da Academia Amazonense de Letras, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia de Ciências, Artes e Letras do Amazonas.
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