Sinésio Campos chama Bolsonaro de ‘bobo da corte’ diante da pandemia de coronavírus
Manaus/AM - O deputado estadual Sinésio Campos (PT), em pronunciamento nesta quarta-feira (18) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), criticou os atos do presidente Jair Bolsonaro em relação ao combate ao novo coronavírus (Covid-19). Para Sinésio, enquanto outros líderes mundiais tem postura de preocupação, Bolsonaro age com “histerismo” e “como um bobo da corte”.
“A questão não é mais de ser oposição ao Governo. Mas, quando precisamos de heróis, o presidente se manifesta como o vilão no caso coronavírus, fazendo pouco caso com a epidemia mundial que, caso não haja preocupação e providencias com medidas preventivas, poderá matar milhares de brasileiros. O presidente não tem o direito, neste momento, de se portar como um bobo da corte com sarcasmos”, disparou Sinésio.
O posicionamento do deputado teve como base um estudo preliminar, feito por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido, que em publicação preliminar, no último domingo (15), acusou que o pouco caso do presidente ao coronavírus pode custar 478 mil vidas no Brasil.
Para chegar aos números, os pesquisadores analisaram a proporção entre jovens e idosos da população de vários países. O novo coronavírus é particularmente fatal para a população mais velha. Para entender o padrão de mortalidade da doença, os cientistas analisaram dados da Itália, onde 1.809 pessoas já morreram, e da Coreia do Sul, que, apesar de ser a quarta nação mais afetada do mundo, com mais de 8.200 casos, teve apenas 75 mortes.
A população dos dois países é parecida em números absolutos, mas diferente em estrutura demográfica: a Coreia do Sul tem mais jovens e a Itália mais velhos. Analisando os padrões de letalidade da doença, os pesquisadores projetaram seus efeitos nos países que ainda não chegaram ao pico dramático da pandemia – caso do Brasil.
Mesmo assim, o deputado procurou amenizar a preocupação dizendo ter esperança no fato de que “como se trata de um estudo preliminar, ele ainda deverá ser discutido pela comunidade científica nos próximos dias. É possível que os pesquisadores decidam fazer correções na sua versão final. Por isso, é necessário olhar para os números e avanço do contágio com cautela e seriedade”.
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