Empresário diz que era obrigado a pagar 'mensalinho' a agentes políticos no AM
Agentes públicos que receberiam "mensalinho" de até R$ 20 mil da empresa responsável pelo transporte escolar e intromissão política na distribuição de rotas resultaram em representação do Ministério Público de Contas contra o Secretário de Educação, Luiz Castro; a coordenadora de transporte da Seduc, Patricia Chaves Borges Soares e todos os pareceristas jurídicos que assinaram ou prestaram embasamento a processo de dispensa de licitação da empresa Dantas Transportes. O documento é assinado pelo Procurador de Contas do TCE-Am, Carlos Almeida, com cópias para a Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal.
Em depoimento prestado ao Ministério Público de Contas, o empresário Francisco Luiz Dantas da Silva, proprietário da empresa que tem contrato de mais de R$ 50 milhões com a Seduc, "abriu o jogo": contou que rotas do transporte escolar no interior do Amazonas ficam com alguns prefeitos ou as empresas de amigos que eles indicam, e fez menção a parlamentares com assento na Assembleia Legislativa, que também fariam parte do esquema.
O empresário gravou depoimento em vídeo. Nem tudo consta na representação do procurador, mas os documentos de áudio e video foram juntados à representação encaminhada aos demais órgãos de controle.
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