Amizade com juízes impede julgamento de traficante
O juiz José Ribamar da Costa Soares, da 1ª Vara Especializada em Tráfico e Uso e Entorpecentes, que aceitou a denúncia contra Hebert Bastos de Andrade, a namorada dele Nayla Kiane Carvalho de Oliveira, o estudante Marcos Divino Laborda da Costa e o peruano Marcel Amazonas de Paiva, acusados de tráfico de drogas, deu-se como suspeito para continuar presidindo o processo.
O magistrado arguiu sua suspeição na última segunda-feira no decorrer da audiência de instrução e julgamento dos quatro acusados. Hebert prestava depoimento quando o juiz o interrompeu para declarar que o réu estagiou com ele nos anos de 2001 e 2002 .
“Em virtude dessa circunstância e pela amizade que foi criada em decorrência desse período de convivência de trabalho e em eventos sociais dos quais participavam juízes, promotores e funcionários da VECUTE, à época Vara única com dois juízes titulares, com fundamento no nosso ordenamento jurídico dou-me por suspeito para continuar presidindo essa audiência”.
Presos em flagrante na tarde do dia 23 de abril por policiais do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) com 26 quilos de cocaína, os quatro acusados agora deverão ser julgados pelo juiz Julião Lemos Sobral Júnior, da 3ª Vecute, o primeiro a presidir o processo, mas o encaminhou a Mauro Antony, da 2ª Vecute, por conexão.
Por conhecer Hebert, Mauro Antony se julgou suspeito e determinou que o processo fosse distribuído a 1ª Vecute, onde também o juiz José Ribamar, se julgou suspeito.
Antes de José Ribamar se julgar suspeito, Hebert, em resposta as perguntas do promotor de Justiça, Alberto Nascimento, disse não conhecer Bruno Rufino, o “Capiroto”, mas declarou ter conhecido “Jabá”, executado a tiros no bairro de Cachoeirinha.
Afirmou ainda ter conhecido “Flavinho da 14”, segundo ele suposto comprador e revendedor de carros, executado a tiros no último 4 na rua General Glicério, Praça 14 de Janeiro. NULL
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