Desembargador atribui trapalhadas a antecessor
O desembargador João Simões voltou a informar ao Conselho Nacional de Justiça que mudaram os procedimentos na distribuição de processos relacionados ao crime organzado em Manaus. A informação foi prestada porque anteriormente Simões deu outra versão sobre o caso, depois alterada porque a Resolução que revogou a portaria que conferia superpoderes ao juiz Mauro Antony foi revogada, sem comunicação prévia ao Conselho.
Em novo documento enviado ao conselheiro Wellington Cabral Saraiva, o desembargador, que é presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, revela que desconhecia o caso e atribui o imbróglio ao desembargador Domingos Chalib, ex-presidente do tribunal ( Veja abaixo o documento na íntegra).
Nas informações prestadas no dia 28 do mês passado, João Simões, afirma que a portaria nº 1.597/2010, com data de 28 de maio de 2010, ocorreu antes de sua gestão, se referindo a administração do desembargador Domingos Jorge Chalub.
Simões deixa claro ao conselheiro relator ser impossível se manifestar a respeito dos motivos que levaram a edição dos atos na gestão anterior. Diz que para responder as solicitações anteriores, valeu-se de informações prestadas por Chalub.
Informações anteriores
João Simões já havia prestado informações ao Conselho Nacional de Justiça em 31 de janeiro, sete dias depois do Pleno do Tribunal decidir não criar a Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado e decidir por resolução para dar poder a duas Varas que receberiam por distribuição os processos do crime organizado.
Desta vez os poderes seriam dados a quatro juízes: Mauro Antony (da 3ª Vara do Tribunal do Júri), Julião Lemos Sobral Júnior (3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes) Anagali Marcon Bertazzo (6ª Vara Criminal) e Henrique Veiga Lima (9ª Vara Criminal).
ASSUNTOS: CNJ, crime organizado, Desembargador, Naranjo, Tjam, Amazonas