A sessão extraordinária de ontem à noite da Câmara Municipal de Maraã (  a  892 Km de Manaus),  para dar posse ao vice-prefeito do município, Elcias Acácio Gonçalves, acabou em quebra-quebra. Cerca de 50 pessoas invadiram a casa legislativa, quebraram móveis e atearam fogo em parte do prédio.   

O prefeito do Município, Dilmar Santos Ávila,  perdeu o mandato em junho deste ano depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região por crime de improbidade administrativa.  O vice teria de ser empossado, mas por manobra de vereadores que faltavam a sessão,  Elcias não assumiu.

Ontem,  por volta das 20h, houve a invasão  do prédio da Câmara Municipal  para atear fogo nas instalações. De acordo com policiais militares que atenderam a ocorrência, foram jogados no interior da casa legislativa coquetel molotov, mas as chamas foram apagadas rapidamente.

De acordo com a polícia, parte da mobília do prédio  foi  destruída  pelo fogo. Dois suspeitos, que não tiveram os nomes revelados,  foram presos por policiais militares.

Entenda o caso

O prefeito de Maraã, Dilmar Ávila, perdeu o mandato em junho, depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região  por crime improbidade administrativa.

O valor original do convênio com o Indesp é de apenas R$ 29.319,31, Dilmar perde o mandato porque a sentença prevê a “perda da função pública”. O valor corrigido faz parte do processo:  Valor Original: R$ 29.319,31 – Valor Principal Corrigido: R$ 54.931,27; Valor dos Juros de Mora: R$ 62.620,51.Isso e mais a multa de R$ 100 mil perfazem os quase R$ 220 mil. Ele fez a prestação de contas um ano e meio depois do prazo e não conseguiu provar a utilização correta dos recursos.