A Polícia do Amazonas está mais armada do que nunca, mais treinada do que em nenhum outro momento de sua história, mas a violência não para. Sábado, a vítima foi um coronel. Hoje, um soldado tombou na defesa do que acreditava. A grande matança ocorre na periferia de Manaus,  onde homens ainda vivos são decapitados...

A questão básica parece ser exatamente que segurança se deseja construir. A imposta pelas armas, que fatalmente leva a conflitos ainda maiores, ou a que deriva da educação e na  qual os cidadãos se tornem  cúmplices de um projeto maior - que é uma sociedade com todos usufruindo de oportunidades.


Em ano politico é fácil apontar o dedo para o governo e dizer que seu projeto de segurança não funciona ou precisa ser aprimorado com mais investimentos. A pressão, embora necessária, deve tomar um outro viés: chega de investir em armas, carros e pessoal.  Polícia eficiente é aquela que privilegia a inteligência e sociedade segura é a que aposta na educação.

Afinal, há também muitos "joãos", "marias", "pedros", "antônios", " raimundos" e  "andrés"  morrendo todos os dias  vítimas de uma guerra silenciosa. E quase ninguém os nota... É essa matança que precisamos, senão acabar, reduzir.  Ou estaremos fadados a desaparecer em um conflito ainda maior.