Manaus/AM – A polícia divulgou mais detalhes sobre a morte do biomédico Arthur Fagner da Silva, de 33 anos, na manhã desta terça-feira (27). O principal suspeito do crime, Vinicius Heiringer dos Santos Mattos, foi preso enquanto se escondia em uma casa.

A investigação aponta o crime como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e que o autor premeditou tudo na intenção de roubar dinheiro do biomédico. 

A vítima e o acusado não eram namorados, mas 'ficavam'. "A intenção dele e das pessoas, que por ventura ele tenha chamado, isso a gente ainda está investigando, era roubar, era transferir valores da conta dessa vítima para a conta dele", relatou a delegada Marília Campello, adjunta da DEHS. 

Ainda não se sabe se Vinicius conseguiu realizar alguma transferência. Em depoimento, o acusado negou, mas está sendo determinado o acesso ao sigilo bancário do biomédico para verificar a veracidade da informação. "Ele afirmou que não conseguiu transferir os valores e que, após a morte da vítima, não conseguiu desbloquear o celular de Arthur", disse a delegada.

No dia do crime

"Quando Vinicius chegou ao primeiro bar onde estava o grupo de amigos, ele já havia começado a planejar o crime, de acordo com as informações coletadas. É possível que ele não tenha agido sozinho, e isso será esclarecido ao longo das investigações", relatou a autoridade policial em coletiva de imprensa.

A delegada descreveu o que aconteceu na noite do desaparecimento. "Vinicius saiu com a vítima, e os amigos aconselharam que ele, sóbrio, tivesse cuidado com Arthur, que estava sob efeito de álcool. Mesmo sabendo que os amigos tinham visto a saída dele com a vítima, Vinicius desviou o caminho para a estrada da Praia Dourada e cometeu o crime."

Os amigos do biomédico também relataram em depoimento que o suspeito costumava pedir transferências via Pix da vítima, incluindo um pedido de transferência no dia do crime.

A camisa do acusado foi encontrada enrolada no pescoço do biomédico, que apresentava sinais de golpes de arma branca. A moto da vítima estava com o suspeito, que só devolveu o veículo após ser pressionado pelos amigos de Arthur. A delegada destacou que os depoimentos dos amigos foram fundamentais para a localização do autor do crime.

A investigação do caso segue em andamento.