Manaus/AM - O secretário de Segurança do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, e outras autoridades, falaram sobre as prisões de 9 policiais e dois civis, durante uma entrevista coletiva concedida na manhã de hoje (25).

Os presos são o delegado Ericson de Souza Tavares, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia e Alessandro Edwards da Cruz,  o sargento da PM, Alexandro Conceição dos Santos, os cabos Jozimo Diniz da Silva, Eldon Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva, Kemer Cruz Pimentel, Edvaldo Ewerton Pinto de Souza e o ex-policial militar Germano da Luz Júnior.

Segundo a polícia, os suspeitos foram presos por extorsão e os alvos dos acusados eram traficantes de drogas. Na ação, elas tinham as drogas apreendidas pelos policiais, que acabavam vendendo o material para outros grupos criminosos, em uma prática criminosa conhecida como “arrocho”.

“A dinâmica do crime é essa, abordar pessoas envolvidas com o crime para delas extrair as ilicitudes e cometerem outros crimes”, afirma o delegado geral Bruno Fraga.

O coronel Klinger Paiva, comandante geral da Polícia Militar, explicou que o grupo já estava sendo investigado por vários crimes e foi preso em Manacapuru. 

“Diversas denúncias estavam chegando por vários meios, tanto na Polícia Civil quanto na Militar, de que haviam servidores da área de segurança envolvidos em casos de extorsão. Então já havia essa comunicação para tentarmos identificar quem eram esses servidores e ontem teve essa ocorrência em flagrante”. 

O coronel afirma que entre os policiais presos estão, seis policiais militares e quatro policiais civis. Ele ressalta ainda que há ainda no grupo, o ex-policial Germano, expulso da corporação por ter cometido outros crimes e duas pessoas comuns.

No momento das prisões, que ocorreram após denúncia anônima, os suspeitos estavam com armas de numeração raspada e um carro com identificação adulterada.

“Eles estão presos preventivamente e responderão por extorsão, por adulteração de veículo automotor, porte ilegal de arma de fogo. Foram apreendidos alguns armamentos da corporação e outros de fora, veículos com sinais de adulteração, capas de coletes, placas balísticas, balaclavas, carregadores e munições. As investigações vão continuar e além delas, medidas administrativas também serão tomadas pela Corregedoria”, diz Bruno.

As prisões foram acompanhadas pela Polícia de Manacapuru e pelo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, os suspeitos chegaram a alegar que estavam em uma operação sigilosa no município, mas a polícia constatou que não havia nenhum tipo de comunicação sobre a operação em andamento.

O secretário de Segurança, Vinícius Almeida, parabenizou a ação dos policiais militares de Manacapuru envolvidos na ação e disse que as Forças de Segurança não irão compactuar com crimes dentro das corporações.

“Nós não iremos passar a mão na cabeça de quem comete qualquer deslize (...) Destaco a belíssima ação dos policiais de Manacapuru, que tiveram a coragem e a hombridade de levar até o final. Não é uma ocorrência simples e nem que nos traz orgulho, mas é o nosso ofício”, completou.