Manaus/AM - O feto que foi abortado por uma adolescente de 17 anos, estuprada pelo padre Paulo Araújo da Silva, 31, foi enterrado no quintal da casa de um amigo do padre, Rayner Barros, em Coari. O homem foi quem administrou o medicamento abortivo na menor a pedido do acusado. 

“O amigo do padre que levou um medicamento chamado Misoprostol e ela foi obrigada a ingerir esse medicamento e ela abortou. O feto foi expelido e na casa do Rayner, no quintal da casa, ele enterrou o feto, fato esse constatado tanto por fotos e com o depoimento da vítima”. 

A vítima contou que mantinha relações sexuais forçadas com o padre desde os 14 anos e que aos 16, ficou grávida e foi obrigada a tirar a criança. Além disso, assim como as outras três vítimas identificadas até o momento, ela sofria violência doméstica e psicológica. Ela sofria ameaças constantemente para continuar com o padre. 

“Ela estava sofrendo muita violência psicológica porque o padre, o modus operandi dele, além de cooptar as vítimas na paróquia, ele obrigava as vítimas ficarem com ele. Às vezes que elas disseram ‘Não, eu não quero mais ficar com você’, o padre dizia assim: Você é minha, você me pertence e se você não ficar comigo não ficará mais com ninguém”, detalha.

Dessa forma, as vítimas viveram anos sob o medo e o domínio de Paulo. Os pais não sabiam o que elas passavam e tinham o religioso como um homem de confiança. Ele foi preso preventivamente neste domingo e segue na delegacia de Coari.

No celular e notebook dele foram apreendidos quase 300 vídeos de sexo dele com as vítimas e ainda a quantia de R$ 30 mil.