Manaus/AM - O empresário Aluízio da Silva Leite, de 76 anos, foi agredido e ameaçado de morte pelos próprios filhos durante uma briga por bens. As agressões ocorreram na empresa da família, que fica localizada no bairro Colônia Terra Nova, na zona norte.

De acordo com o idoso, no dia do ataque um dos filhos teria tentado passar com caminhão por cima dele, de funcionários e de outro filho que tentava intervir na situação.

Em entrevista ao Portal do Holanda, o homem contou que fundou a empresa e que após a morte da esposa, decidiu dividir 45% do empreendimento entre os filhos. Porém, desde 2016 dois deles estão tentando se apossar totalmente do negócio.

A princípio, a disputa era entre eles e os mesmos chegaram até a se agredir com barras de ferro, mas posteriormente, os dois decidiram se unir para tirar o patrimônio do pai.

Um deles chegou a aproveitar o momento em que Aluízio estava internado na UTI, com covid-19, para ir a um cartório tentar passar a empresa para o seu nome.

“Eu procurei dar 45% para eles, até para que eles me ajudassem também (...) Depois de alguns anos eu tentei manter essa união com eles até 2016, depois das brigas acalmou um pouco a situação entre 2026 e 2023, mas em 2024 começaram as desavenças e eu comecei a registrar boletins de ocorrência”, diz o idoso.

Após um ano de muitas confusões, exatamente no último dia 19, a situação se agravou a ponto de um dos filhos pegar um caminhão da empresa e tentar atropelar o pai, o irmão e funcionários.

“Meu filho arrancou o motorista de dentro do caminhão e dirigiu. É o Ranover, que pega o caminhão para me agredir, para me matar. Eu estava atrás do portão tentando manter fechado e ele invade e bate com o veículo no portão”. 

O homem só não foi esmagado porque outro filho, Carlos Vitor, o tirou do local. Carlos também foi agredido e por pouco não foi prensado e sofreu ferimentos graves.

Toda a ação foi gravada, assim como outro momento em que a dupla tirou equipamentos da empresa à força e voltou a agredir o empresário.

Aluízio conta que já registrou vários boletins de ocorrência contra os agressores, mas não conseguiu uma medida protetiva. Por conta disso, ele passou a viver com medo e passa a maior parte do tempo em casa com receio de os filhos tentarem matá-lo novamente.

“Eles parecem que têm porte de arma (CAC). Eles tem até uma arma calibre 12 que foi comprada por eles, mas quem pagou foi a empresa”.

Apesar dos vários episódios de violência sofrido, Aluízio não conseguiu medida protetiva e tenta na Justiça um meio de proteção da própria vida. Ele também abriu processos contra os filhos, mas acredita que o problema está longe de acabar.