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— 98193~7 (@sterling01035) July 5, 2023

Principal suspeito de criar e administrar um grupo para ameaçar, agredir e estuprar crianças no Discord, Pedro Ricardo Rocha, de 19 anos, conhecido na rede como "King", debochou das acusações ao ser questionado pela imprensa no trajeto para a delegacia. 

A prisão ocorre no âmbito da segunda fase da Operação Dark Room, nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Teresópolis. 

Criador e administrador do principal servidor da plataforma onde eram cometidos os crimes, Pedro Ricardo usou tom frio e irônico para responder aos jornalistas que o questionavam sobre as acusações.  

"KING" (que em inglês significa Rei) negou que tenha praticado estupro virtual de vulnerável, que armazene pornografia infantil, e ao ser questionado se é pedófilo, afirmou: "Não, meu Deus! Cruzes". Sobre o que fazia na rede social, Pedro Ricardo disse apenas "coisas", e questionado sobre que tipo de coisas, ele afirmou: "Xingar o povo". "Existe vários grupos, e o grupo que tem mais indícios dessas coisas, não é meu. Eu só tô preso porque eu tô meio que envolvido nisso", disse. "Eu não fiz nada do que vocês acham que eu fiz". "Xinguei pessoas, não fui racista nem nazista mas xinguei pessoas, homens, garotas". 

Prisão gravada --- O momento da prisão, na casa da avó do rapaz, também foi registrado em um áudio de um jogo online. Ao receber a polícia, ele afirma que já estava os esperando, mas se mostra surpreso ao receber voz de prisão: "Eu to preso? Não faz sentido".

king do discord sendo preso pic.twitter.com/A9nzQGdiT7

— kai (@916exhausted) July 4, 2023

Investigações --- Conforme a polícia, jovens usavam 3 servidores do Discord para cometer atos de extrema violência contra adolescentes e animais.  As vítimas eram chantageadas e constrangidas a se sentirem "escravas sexuais" dos "chefes" destes grupos que cometiam "estupros virtuais" transmitidos ao vivo para todos os integrantes do servidor. 

Em setembro do ano passado, uma adolescente de 13 anos colocou fogo na sua casa enquanto torturava um gato da vizinhança em uma transmissão ao vivo no Discord. Uma veterinária denunciou o caso, afirmando que a garota pegou um pedaço de papel e ateou no gato, incendiando também a sua casa. 

Nos EUA, a rede social está na mira de investigações, sendo acusada de abrigar discursos supremacistas brancos e facilitar a divulgação de pornografia infantil.