Manaus/AM- A polícia deu detalhes sobre a prisão de Asdrubal Alejandro Munoz Briceno, mais conhecido como “Veneca” e revelou que o homem é líder de uma facção criminosa que domina no bairro União da Vitória, na zona oeste de Manaus.

Veneca foi preso no bairro na tarde dessa segunda-feira (24), por suspeita de matar Carlos Henrique Lúcio Gonzales, 31, e de sequestrar uma colombiana no ano passado.

“Quando essa vítima foi ouvida aqui, ela que foi sequestrada e passou 48 horas em poder dos sequestradores, ela foi encontrada num sítio na AM 010, no dia 30 de novembro. Dois dias depois que foi sequestrada no União da Vitória, ela relata que ele era a pessoa que comandava aquele sequestro, ele era a pessoa mais violenta, a pessoa que ameaçava, inclusive ele é a pessoa que exigia o resgate do irmão dessa vítima”, explica a delegada Marília Campelo.

A mulher passou momentos de desespero e a família chegou a pagar cerca de R$ 20 mil pelo resgate da mesma.

“É, nesse crime específico há imagens suficientes que comprovam a participação dele nesse crime, inclusive no momento final ali onde essa vítima, ela, o irmão da vítima que estava sendo extorquido, ele manda determinada quantia de dinheiro que eles haviam combinado, manda R$ 20.000 e acredita que essa vítima vai ser liberada, mas depois de dois dias o suspeito então fala: Faltam mais 80, dá teu jeito ou ela vai morrer”.

 

 

Além do sequestro da colombiana, cujo objetivo era angariar dinheiro para a facção, Veneca também é suspeito de outro caso de bastante repercussão, que é a morte de Carlos. O homem foi achado jogado na estrada com sinais de tortura e horas depois teve um vídeo veiculado no qual ele aparecia acusando autoridades de corrupção e associação ao tráfico.

“O Carlos Henrique González estava negociando uma droga com o grupo criminoso, de que faz parte o Asdrubal e foi chamado para a Rua 8 da União da Vitória, onde essas pessoas vivem (...) E quando ele chegou naquele local na companhia de um outro nacional, ele foi capturado por esse grupo criminoso, incluindo o Asdrúbal. Ele foi levado para dentro daquela área de mata na comunidade Ismael Aziz, onde passou 13 horas sendo torturado. E vocês todos recordam, ele fez alguns vídeos, algumas gravações, falando de autoridades amazonenses. Aqueles vídeos, os textos vinham diretamente da cidade do Rio de Janeiro, onde há o líder dessa organização criminosa está homiziado”.

A delegada conta que Carlos foi obrigado a gravar e regravar o texto várias vezes para que comprometesse as autoridades depois. Asdrubal foi quem comandou tudo e ordenou a morte da vítima em seguida.

Na segunda-feira, no momento da prisão, o homem ainda tentou fugir da polícia e chegou a jogar a moto dentro de um igarapé. Ele resistiu à prisão e ameaçou os policiais. Para a equipe, Veneca é um homem extremamente perigoso e fez várias outras vítimas na cidade.