Mãe nega que filha tenha cometido suicídio e acusa cabo da PM: "Foi ele que matou”
MANAUS - Deuziane Pinheiro não teria cometido suicídio e nem tampouco sofria de depressão, afirmou Antônia Assunção da Silva, mãe da policial, morta no início da noite desta quarta-feira (1) dentro das dependências do Batalhão Ambiental no bairro Tarumã, Zona Rural de Manaus.
(Antônia durante entrevista à imprensa acusa Cabo de assassinato. Fotos: Pedro Braga Jr)
Além de negar que a filha tivesse problemas depressivos, a mãe fez uma grave revelação envolvendo um suposto triângulo amoroso.
“Minha filha estava sofrendo perseguição há seis meses de um homem chamado ‘Elson’. Ele ameaçou matar a minha filha várias vezes”, disse a mãe acusando um colega de trabalho de Deuziane com quem ela teve um relacionamento, mas acabou descobrindo que era casado.
(Familiares, amigos e colegas da polícia durante o velório. Foto: Pedro Braga Jr)
“Um dia ela foi na casa dele buscar uma bolsa que havia esquecido dentro do carro dele. Quando chegou lá, ela foi espancada por ele (Elson) e a esposa dele. Ele segurava a minha filha para que a mulher batesse em sua cara”, acusou a mãe, afirmando que desde então passou a ser ameaçada pela mulher.
“A mulher dele tinha me perseguido na Ponta Negra, tirado foto de mim, enviado para o WhatsApp da Deuziane dizendo que não estava brincado e que iria matar as duas. Minha filha me entregou até um bilhete dizendo que se ela fosse morta, os autores do crime seriam Elson e a mulher”, completou a mãe bastante emocionada.
(Antônia conta os detalhes ao Subcomandante-Geral, Cel PM Antônio Escóssio. Foto: Pedro Braga Jr)
Ainda conforme a mãe, ontem ao sair para o trabalho, Deuziane chegou até ela dizendo “-Mãe, o Elson nunca mais vai me ameaçar. Eu vou acabar esse relacionamento e tirar ele do meu celular”. Poucas horas depois a mãe recebeu a informação de que a filha estava morta.
Conforme os primeiros relatos, a policial teria subido para uma dependência do batalhão e seguida pelo Cabo com quem teria um envolvimento amoroso. Algumas pisadas insistentes foram ouvidas, como se houvesse uma corrida, até que se ouviu o disparo.
ELA NÃO TINHA DEPRESSÃO
Além da declaração da mãe, confirmando que o estado de saúde da sua filha não apresentava alterações o advogado da família, Luiz Felipe da Luz de Queiroz, também confirmou que Deuziane estava perfeitamente bem.
"Sou advogado da família há muitos anos e esta semana mesmo conversei com Deuziane. Ela estava muito feliz. Nós não acreditamos na possibilidade de suicídio”, disse durante entrevista à imprensa.
Um dos familiares chegou a relatar que a versão de que ela havia se suicidado foi uma tentativa do acusado de esconder o crime.
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