Manaus/AM - A adolescente, 12, que foi estuprada desde os 10 anos pelo próprio pai, um idoso de 71 anos, era amarrada na cama durante os abusos.

A vítima contou para a polícia que era obrigada a manter relações com pai, um professor de matemática aposentado, e quando resistia, era presa por cordas na estrutura da cama.

“Quando ela se negava a ter relações sexuais com ele, ele amarrava essa menina no estrado da cama com cordas. Isso para ela é muito traumático em relação a parte dos braços, tudo ela chora muito. Ela tem essas alterações porque não foi só violência sexual, existe uma violência física para conseguir cometer esses abusos”, diz a delegada Juliana Tuma.

Ela explica que os abusos aconteciam sempre na casa do homem, no bairro Jorge Teixeira, porque ele ficou com a guarda da vítima após se separar da mãe da garota, com quem foi casado por 30 anos.

Após dois anos de abusos, não aguentando mais a situação, ela decidiu contar tudo para a mãe. A mulher denunciou o idoso imediatamente à polícia e levou a garota para morar com ela.

Ao saber da denúncia, o acusado fugiu, mas passou a perseguir a filha por meio de aplicativos de mensagem. Nas conversas ele mandava e pedia fotos íntimas e ainda dizia que queria estuprar a garota novamente.

“Esse suspeito passou a importunar essa criança, ele passou a mandar mensagem no aplicativo de conversas para ela pedindo fotos sensuais, falando atrocidades. Ele pedia para ter relações sexuais com ela, ficava pressionando e em determinado ponto até ameaçando essa vítima”.

Juliana conta que as investigações sobre o caso começaram em novembro de 2023 e em março deste ano, o aposentado passou a ser considerado foragido. Para evitar ser pego, ele mudava de endereço constantemente e chegou a debochar da polícia no momento da prisão.

“A forma que ele nega nos assustou muito até a forma quando ele foi abordado ontem (...) Ele debochou e disse: Ó quase que vocês não pegavam. Realmente a gente teve muito trabalho para pegá-lo porque ele ficava se mudando, mas conseguimos na na rua, no bairro Raiz. Ele estava no carro e a gente conseguiu ver mais ou menos o itinerário dele e a gente conseguiu descobrir”.

A vítima está bastante traumatizada com o horror que viveu e está sob acompanhamento psicológico. O pai vai responder por estupro de vulnerável e segundo a polícia, ele não tem outros antecedentes criminais.