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Viúva detalha morte de motorista em operação do Grupo FERA: 'covardia'

Por Portal Do Holanda

20/06/2021 15h35 — em
Policial


Sergio Fragoso - Foto: Arquivo Pessoal

Manaus/AM -  A esposa do motorista Sérgio Fragoso Monteiro, de 50 anos, morto na última sexta-feira (18), durante operação do “Grupo Fera” da Polícia Civil, falou sobre a morte do esposo, assassinado supostamente por engano.

A Operação ‘Coalizão pelo Bem’, visava prender criminosos envolvidos nos ataques em Manaus e no interior entre os dias 5 e 8 de junho. Sérgio, porém, não era um dos suspeitos no caso

A esposa da vítima conta aos prantos, sobre os últimos momentos do marido. Segundo ela, eram cerca de 5 a 6 policiais no local. O casal estava dormindo, quando ouviram o barulho da porta da casa sendo arrombada:

“Era de madrugada, acordamos assustados com barulho de arrombamento. Meu marido acendeu a luz do quarto e foi para a sala ver se o barulho era na nossa casa. Ele abriu um palmo da porta (de entrada) e imediatamente tentou fechar, acho que ele pensou que fosse algum ladrão, porque em momento nenhum teve barulho. Eu só vi o vidro (da porta) quebrando e ele caindo no chão. Eu me joguei no chão do quarto e fiquei tremendo, pois achei que era assalto. A porta do quarto também foi arrombada, quando eu me virei para olhar, já tinha um policial em cima de mim, com uma arma que não sei se era escopeta ou fuzil, já querendo me matar também, eu pedi misericórdia, por favor e ele pediu pra eu deitar no chão.”

A viúva conta ainda que só após averiguarem que não havia ninguém mais na casa, permitiram que ela levantasse, foi quando ela viu a boca do marido cheia de sangue, já sem vida.

“Eu queria chegar perto e eles não deixavam, eu ficava gritando: Vocês mataram o meu marido, porque vocês fizeram isso?”

Ela diz que em nenhum momento os policiais se identificaram e ela só soube após ver na camisa de um deles que estava escrito ‘FERA’.

A viúva relata ainda que em momento nenhum o marido reagiu ao crime que ela chama de “covardia” e que a partir desta segunda-feira (21), a família irá os órgãos responsáveis para buscar Justiça.

“Meu marido não teve tempo pra nada. Foi uma covardia o que fizeram com ele. Não vieram para abordar, nem nada, vieram para executar mesmo”, concluiu.


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