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Boulos não aparece na Câmara após derrota para Ricardo Nunes

Por Folha de São Paulo

31/10/2024 8h00 — em
Política



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) não foi à Câmara nesta semana, após ser derrotado no domingo (27) por Ricardo Nunes (MDB) na disputa à Prefeitura de São Paulo.

Tanto na terça-feira (29) quanto nesta quarta (30), em que o plenário realizou sessões de votações, Boulos esteve ausente. Em seu gabinete, no nono andar do anexo 4 da Câmara, em Brasília, não havia informações sobre onde estava o parlamentar.

Sua assessoria afirmou que ele está descansando e provavelmente voltará a Brasília somente na próxima semana.

Nesta quarta, a Câmara concluiu a votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária e decidiu retirar do texto a proposta que autorizava estados a taxar os recursos aportados em planos de previdência privada transmitidos a beneficiários por meio de herança.

Também aprovou projeto que autorizou o governo a enviar recursos para recuperação de escolas destruídas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Em outra votação, houve um inusitado empate de 211 votos a 211 -a direita apresentou emenda para evitar que entidades sindicais façam parte de conselho diretor de fundo de desenvolvimento industrial e tecnológico do Ministério do Desenvolvimento.

O conselho diretor seria formado por integrantes dos ministérios da Fazenda, Ciência e Tecnologia, pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e por associações da indústria e sindicatos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) determinou que a votação fosse repetida e, na segunda vez, a oposição levou a melhor.

Boulos é um deputado assíduo na Câmara. Em 2024, só havia se ausentado por duas vezes de sessões de votações.

O deputado do PSOL era a principal aposta eleitoral de Lula (PT) em 2024, mas foi derrotado no segundo turno por Nunes por 59,35% dos votos válidos, contra 40,65%.

Após a confirmação do resultado, ele discursou para a militância no próprio domingo dizendo ter perdido a eleição, mas como uma campanha que recuperou a "dignidade da esquerda brasileira".


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