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Marçal e Nunes disputam narrativa sobre bandeira de apoio a candidato do PRTB no 7 de Setembro

Por Folha de São Paulo

09/09/2024 16h00 — em
Política



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A campanha do candidato Pablo Marçal (PRTB) acusa funcionários da prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), de serem os responsáveis por uma bandeira em homenagem ao candidato do PRTB, com a mensagem: "Bolsonaro parou e Marçal começou. Pablo Marçal presidente do Brasil", estendida durante um ato na Avenida Paulista, no último sábado (7).

A mensagem teria causado irritação no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o site Metrópoles. A frase, que provoca Bolsonaro e exalta o candidato das eleições de São Paulo, se tornou alvo de disputa de narrativas entre as campanhas de Marçal e de Nunes.

Em vídeo que viralizou nas redes sociais e foi enviado a jornalistas pela campanha do autodenominado ex-coach, dois homens identificados como funcionários da prefeitura são filmados enquanto ajeitam a bandeira em questão. Em nota, a campanha de Ricardo Nunes confirmou que os homens trabalham para administração pública, mas negou o envolvimento deles no protesto.

Segundo a campanha do prefeito, as imagens mostram claramente que um funcionário da Subprefeitura da Sé puxa a bandeira do chão (e depois a coloca de volta) para a passagem de outro funcionário, que estava em uma moto. O vídeo foi gravado após o fim da manifestação, quando eles realizavam o trabalho de limpeza.

"A campanha de Ricardo Nunes pedirá a instauração de inquérito policial para descobrir quem confeccionou e colocou uma bandeira do Brasil na Avenida Paulista. Em uma rede social, Marçal propagou fake news e acusou funcionários da Prefeitura de colocarem a bandeira na avenida, a mando de Ricardo Nunes. A campanha quer que a polícia investigue quem, de fato, colocou a bandeira adulterada", diz a nota.

Além disso, a equipe de Nunes encaminhou à reportagem um segundo vídeo que mostra possíveis apoiadores de Pablo Marçal levando e colocando a faixa na Avenida Paulista. Nunes também afirmou que entrará na Justiça Eleitoral para exigir direito de resposta nas redes sociais de Marçal.

Nota da prefeitura de São Paulo reitera o que a campanha de Nunes havia afirmado anteriormente.

"A Prefeitura de São Paulo informa que realizou, por volta das 17h30, a limpeza da via. Conforme mostram as imagens, a bandeira levada por manifestantes foi recolocada no mesmo lugar pelos agentes municipais após o fim do serviço de varrição e coleta de resíduos", diz o texto.

Nunes e Marçal têm disputado votos entre os apoiadores de Bolsonaro.

O ex-presidente apoia oficialmente o prefeito, mas já elogiou Marçal e disse que Nunes não era o seu "candidato dos sonhos".

Um novo movimento de aproximação entre o bolsonarismo e Marçal se consolidou com declarações deo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-RJ) a favor de uma trégua com o autodenominado ex-coach.

Na manifestação de sábado (7), Marçal disse ter sido barrado ao tentar subir no trio elétrico em que Bolsonaro discursou.

Ele chegou ao final do protesto bolsonarista na Avenida Paulista, quando o ex-presidente já havia discursado. Subiu no ombro de apoiadores e foi ovacionado por manifestantes.

Na ocasião, o pastor Silas Malafaia, organizador do ato, disse que o candidato havia mentido ao dizer que tinha sido impedido de subir no trio. "Marçal está dizendo aí que foi impedido de subir no trio. O cara é tão safado que ele chegou no final. Depois que encerrou, ninguém vai subir", declarou.


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