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Meta responde a pedido de esclarecimentos da AGU, e governo Lula discutirá medidas

Por Folha de São Paulo

14/01/2025 8h30 — em
Política



CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) - A Meta, do bilionário Mark Zuckerberg, respondeu aos questionamentos da AGU (Advocacia Geral da União) nesta segunda-feira (13), nas últimas horas antes do encerramento do prazo estabelecido pelo órgão ligado ao governo Lula (PT).

Na última sexta-feira (10), a AGU deu 72 horas para que a empresa responsável por Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp prestasse esclarecimentos sobre o fim de seu programa de checagem de fatos, anunciado por Zuckerberg na semana passada.

A notificação não tinha caráter judicial –não obrigava, portanto, a empresa a se manifestar sobre sua decisão.

As mudanças protagonizadas pela plataforma configuram um aceno de Zuckerberg ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em nota enviada à reportagem na madrugada desta terça (14), a Assessoria Especial de Comunicação Social da AGU informou que a empresa respondeu, no fim da noite desta segunda, às informações solicitadas pela PNDD (Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia).

"As informações enviadas serão agora analisadas pela equipe da PNDD. A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda hoje", complementa o texto.

Conforme adiantou a Folha, o órgão federal pretende analisar a resposta da Meta e discutir seu conteúdo com representantes dos ministérios que têm relação com o tema.

Entre eles estão as pastas da Justiça e Segurança Pública; Direitos Humanos e Cidadania; e ainda a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), agora liderada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira.

"Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação", finaliza a nota enviada pela comunicação do órgão.

Um dia antes de o governo enviar o pedido de informações, Lula mandou um recado a Mark Zuckerberg, CEO da Meta, ao dizer que um cidadão não pode achar que tem condição de ferir a soberania de uma nação.

Zuckerberg criticou nesta semana tribunais da América Latina e disse que trabalhará com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, "para resistir a governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando por mais censura".


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